Medidas que subam preço dos combustíveis terão “firme oposição” do CHEGA

O líder do CHEGA avisou hoje que qualquer medida do Governo que aumente o preço dos combustíveis em Portugal terá a "firme oposição" do partido no Orçamento do Estado, considerando que seria errada a nível político e económico.

© Folha Nacional

Em conferência de imprensa na sede nacional do CHEGA, em Lisboa, André Ventura foi questionado sobre a notícia do Jornal de Negócios de que o Governo está a avaliar o fim dos apoios extraordinários aos combustíveis.

“É um erro brutal que, ademais, vai contra aquilo que o próprio PSD defendeu no parlamento ao longo dos últimos anos”, reagiu o líder do CHEGA.

André Ventura afirmou que, segundo a OCDE, Portugal tem hoje “uma das maiores pressões fiscais sobre os combustíveis”, salientando que o PS sempre se recusou a fazer “qualquer baixa significativa” sobre esses impostos e “o PSD sempre esteve, como o CHEGA, ao lado da descida fiscal nesta matéria”.

“Portanto, eu não compreendo que o Governo acabe com o apoio extraordinário aos combustíveis sem dizer o seu reverso. Qual é que é o reverso? É dizer que vai baixar os impostos sobre os combustíveis ou em sede de ISP ou de IVA”, frisou.

Ventura advertiu que, se o Governo acabar com o apoio extraordinário e não descer os impostos sobre os combustíveis, “isso significa que o gás, o gasóleo e a gasolina vão escalar”, afirmando esperar que o executivo “não avance por aí”.

“Qualquer medida como essa que conste do Orçamento do Estado para 2025 contará com a nossa firmíssima oposição em sede orçamental como, aliás, já fizemos ver ao Governo na negociação que tivemos na reunião de julho”, disse.

Ventura acrescentou que “qualquer política que signifique aumentar os preços dos combustíveis em Portugal é errada, e não é errada apenas do ponto de vista político, é errada do ponto de vista económico, porque a indústria tem de competir com a indústria europeia em condições de igualdade”.

Interrogado se essa matéria foi discutida na reunião de julho com o Governo sobre o Orçamento do Estado, Ventura respondeu que a questão fiscal sim, tendo transmitido ao executivo que, se optar “por ter uma política fiscal igual à do PS, não pode pedir o apoio do CHEGA no Orçamento do Estado”.

Nesta conferência de imprensa, Ventura criticou ainda o PS por andar a visitar hospitais – salientando que “é o último que pode falar sobre o financiamento do sistema de saúde” -, mas salientou que o Governo também não está “a fazer melhor” nesta área do que os executivos socialistas.

Ventura afirmou em particular que o Governo “optou por retirar da informação pública as urgências, por exemplo em matéria de obstetrícia, que estão fechadas ou que estão abertas”, considerando que foi feito para impedir “os jornalistas e partidos de oposição de saber o que é que está a funcionar e não está”.

O líder do CHEGA acusou ainda o executivo de Luís Montenegro de ter apresentado um programa de emergência para a saúde com 54 medidas, mas até ao momento só duas terem sido executadas.

“Isto não é igual ao Governo socialista: é abaixo do que fazia o Governo socialista. O Governo não pode só andar a atirar a culpa para o Governo anterior quando ele próprio apresenta 54 medidas para a saúde com caráter de emergência e só duas estão a ser executadas”, disse.

Ventura anunciou que o CHEGA vai apresentar dois projetos de resolução para recomendar ao Governo que volte a divulgar no Portal do SNS os serviços de urgência que estão encerrados e também que “dê cumprimento imediato àquilo que ele próprio apresentou, que é o plano de emergência”.

“Caso isto não aconteça, o CHEGA, antes do Orçamento do Estado, chamará o Governo à responsabilidade nesta matéria”, disse.

Últimas de Política Nacional

O Grupo Parlamentar do CHEGA apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 que prevê uma isenção alargada do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para habitação própria e permanente, introduzindo novas condições de acesso ao benefício fiscal
O CHEGA reiterou a sua oposição a qualquer aumento nos impostos sobre os combustíveis, defendendo que o Governo deve garantir que os preços não sobem e propondo a eliminação do adicional do Imposto sobre os Produtos Petrolíferos (ISP).
André Ventura reuniu, em apenas cinco horas, as 7.500 assinaturas necessárias para formalizar a sua candidatura à Presidência da República.
O Tenente-Coronel Tinoco de Faria anunciou que decidiu retirar-se da corrida às eleições presidenciais, declarando o seu apoio a André Ventura, numa decisão que descreveu como tomada “em defesa dos valores da Nação”.
“Pode aparecer um maluco...”, foi o que um ativista cigano declarou em entrevista ao Diário de Notícias, referindo-se ao candidato presidencial André Ventura. A menos de três semanas das presidenciais, o caso agrava o clima de tensão em torno da candidatura do líder do CHEGA.
O deputado do CHEGA, Francisco Gomes, afirmou, em audição parlamentar no âmbito da discussão do Orçamento do Estado para 2026, que “já existem três organizações terroristas a operar em Portugal”, exigindo explicações ao Governo sobre o alegado funcionamento dessas células no território nacional.
Candidato presidencial reage à abertura de um inquérito por causa dos cartazes da sua campanha. Ventura fala em ataque à liberdade de expressão e garante que não vai retirar a mensagem: “Cumpro a lei, mas não abdico das minhas convicções.”
Decisão de Marco Almeida causa polémica logo na primeira reunião do novo executivo. Autarquia defende legalidade e fala em mérito profissional, mas a nomeação do companheiro de uma vereadora para liderar os SMAS de Sintra levanta críticas e acusações de favorecimento.
A Câmara da Nazaré confirmou a realização de buscas nesta autarquia, mas o antigo presidente, Walter Chicharro, esclareceu que se limitou ao licenciamento urbanístico das vivendas investigadas pela PJ que são propriedade do Estado.
O CHEGA considera que o aumento das pensões deve ser um "desígnio histórico" e propõe, no âmbito do Orçamento do Estado para o próximo ano, uma subida de 1,5%, além do que está previsto por lei.