Setor convencionado de radiologia custou cerca de 132 milhões de euros em 2023

Os exames de radiologia no setor convencionado custaram cerca de 132 milhões de euros em 2023, o que representa um aumento de 1,9% em relação a 2022, indicou hoje a Entidade Reguladora da Saúde (ERS).

© D.R.

O organismo, que regula a atividade dos estabelecimentos prestadores de cuidados de saúde, divulgou um relatório com a Informação de Monitorização do Setor Convencionado de Radiologia, a quarta área com a maior despesa convencionada com o Serviço Nacional de Saúde (SNS).

Em relação à distribuição do total de encargos pelas cinco regiões de saúde, “as regiões de saúde do Norte e de Lisboa e Vale do Tejo assumiram as maiores percentagens – 39,9% e 34,6%, respetivamente – e as regiões de saúde do Alentejo e do Algarve as menores percentagens – 3,7% e 3,8%, respetivamente, comportamento expectável face às populações respetivas”, refere a análise.

Esta dá ainda conta de que “os encargos ‘per capita’ aumentaram 252 euros por 1.000 habitantes, relativamente ao ano anterior”.

O ano passado registou-se “uma média de 487 requisições por 1.000 habitantes em Portugal continental, mais 0,5% do que no ano anterior”, tendo as regiões de saúde do Norte e do Alentejo apresentado “crescimentos superiores ao exibido a nível nacional e as regiões do Algarve e de Lisboa e Vale do Tejo a exibirem as quebras mais acentuadas”.

O Sistema de Registo de Estabelecimentos Regulados (SRER) da ERS contava no final de 2023 com “695 estabelecimentos prestadores de cuidados na área da radiologia”, mais 7,1% do que em 2022. Do total, 84,9% eram “de natureza não pública”, privada, cooperativa ou social.

O maior número (268) encontrava-se na região de saúde de Lisboa e Vale de Tejo e o menor (29) na região de saúde do Alentejo.

“Os estabelecimentos detentores de convenção na área de radiologia representavam 55,4% do mercado privado total de Portugal continental”.

O relatório indica também que 55,4% dos concelhos portugueses do continente não dispunha de serviços convencionados.

A ERS monitoriza este setor convencionado desde 2009, quer em relação aos encargos para o SNS, quer relativamente ao acesso dos utentes aos serviços ou à concorrência entre os operadores.

Em termos de acesso, no caso dos concelhos sem oferta convencionada, os tempos máximos de deslocação dos utentes, até ao concelho mais próximo com operadores deste tipo, variavam entre os 13 minutos na região de saúde de Lisboa e Vale do Tejo e quase duas horas (01:54) na região de saúde do Alentejo.

Quanto à concorrência, o relatório indica que 80,6% do total de requisições submetidas a pagamento foram apresentadas por 28,6% dos operadores.

A região de saúde do Algarve continuava a apresentar um índice de concentração de mercado elevado, mas o nível no país mantinha-se “significativamente abaixo dos valores passíveis de suscitar preocupações”, de acordo com as orientações da Comissão Europeia.

Últimas de Economia

Nos primeiros nove meses do ano, foram comunicados ao Ministério do Trabalho 414 despedimentos coletivos, mais 60 face aos 354 registados em igual período de 2024, segundo os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou hoje que vai solicitar mais informações aos bancos sobre os ativos de garantia que permitem mais financiamento.
A economia portuguesa vai crescer 1,9% em 2025 e 2,2% em 2026, prevê a Comissão Europeia, revendo em alta a estimativa para este ano e mantendo a projeção do próximo.
A Comissão Europeia prevê que Portugal vai registar um saldo orçamental nulo este ano e um défice de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026, segundo as projeções divulgadas hoje, mais pessimistas do que as do Governo.
A taxa de juro no crédito à habitação desceu 4,8 pontos para 3,180% entre setembro e outubro, acumulando uma redução de 147,7 pontos desde o máximo de 4,657% em janeiro de 2024, segundo o INE.
A Comissão Europeia estimou hoje que a inflação na zona euro se mantenha em torno dos 2%, a meta do Banco Central Europeu (BCE) para estabilidade de preços, até 2027, após ter atingido recordes pela guerra e crise energética.
A Comissão Europeia previu hoje que o PIB da zona euro cresça 1,3% este ano, mais do que os 0,9% anteriormente previstos, devido à “capacidade de enfrentar choques” face às ameaças tarifárias norte-americanas.
Mais de 20 contratos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) foram considerados irregulares pelo Tribunal de Contas (TdC), tendo os processos seguido para apuramento de responsabilidades financeiras, avançou à Lusa a presidente da instituição.
Os Estados Unidos suspenderam as negociações de um acordo comercial com a Tailândia devido às tensões na fronteira com o Camboja, após Banguecoque suspender um entendimento de paz assinado em outubro com a mediação do Presidente norte-americano.
A despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com medicamentos nos hospitais subiu quase 15%, entre janeiro e setembro, de acordo com dados hoje publicados pelo Infarmed.