PSP vai comunicar ao Ministério Público protesto dos bombeiros sapadores

A PSP vai comunicar ao Ministério Público o protesto de hoje dos bombeiros sapadores junto à sede do Governo, em Lisboa, por não ter sido comunicada às autoridades e por utilização ilegal de petardos, anunciou aquela polícia.

© Folha Nacional

Em comunicado, o Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP refere que a Polícia de Segurança Pública vai elaborar um auto de notícia sobre a manifestação dos bombeiros sapadores “não legalmente comunicada e remetê-lo ao Ministério Público (MP) com a identificação dos diversos organizadores e participantes”.

A PSP avança também que vão ser devidamente identificados no auto de notícia a remeter ao MP a utilização de artigos de pirotecnia.

Aquela polícia considera “inadequado este tipo de protestos que vão contra as disposições legais em vigor, facto agravado pela utilização, por parte dos manifestantes, de artigos de pirotecnia” que “colocaram em risco a integridade física dos polícias (que se encontravam no local para proteger pessoas e bens), dos jornalistas que se encontram a desempenhar a sua missão de prestação de informação e demais cidadãos surpreendidos, na via pública, por esta ação”.

Pelo menos três centenas de bombeiros sapadores e profissionais concentraram-se hoje de manhã junto à sede do Governo, em Lisboa, para contestar, ao som de gritos e petardos, o que classificam como “falta de respeito” pela classe, um protesto que aconteceu enquanto os dirigentes sindicais estavam reunidos com o executivo.

No comunicado, o Cometlis informa que, cerca das 08:45 de hoje, se iniciou uma manifestação de bombeiros, a maioria alegadamente pertencente ao Regimento de Sapadores de Bombeiros de Lisboa, que não foi comunicada à autoridade administrativa competente, conforme previsto na lei.

A PSP indica que “só teve conhecimento desta manifestação através das redes sociais” e, com base nessa informação, foi “estabelecido um dispositivo policial no sentido de garantir a segurança e ordem pública”, uma vez que os manifestantes se deslocaram por várias ruas de Lisboa, desde a Avenida Rio de Janeiro, em Alvalade, até ao Campus XXI, onde está a sede do Governo.

A polícia refere que teve de cortar o trânsito e montar “um primeiro perímetro de dissuasão e um segundo perímetro de contenção mais próximo do Campus XXI”.

Os manifestantes forçaram “o perímetro de dissuasão, dirigindo-se, em corrida, pela Avenida João XXI, até junto do edifício” onde está a sede do Governo.

A PSP refere ainda que “o perímetro de contenção”, já montado no local e constituído pelo Corpo de Intervenção e por Equipas de Intervenção Rápida, garantiu “a segurança do edifício, tendo assegurado o normal funcionamento daquele órgão de soberania e da sede da Caixa Geral de Depósitos, até ao final do protesto”.

A reunião negocial entre sindicatos representativos dos bombeiros sapadores e Governo foi hoje suspensa pelo executivo, que alegou falta de condições tendo em conta que do lado de fora do edifício cerca de três centenas de bombeiros protestavam lançando petardos e gritando palavras de ordem.

Últimas do País

A Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição avisa: prepare a carteira. Carne, peixe, fruta e legumes poderão subir até 7% já no próximo ano. Custos de produção disparam, exigências europeias apertam e o retalho admite que, apesar dos esforços, não vai conseguir travar totalmente os aumentos.
O número de livros impressos editados em 2024 caiu 14,3% para um total de 11.615 e o preço aumentou 2,6% face a 2023, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os doentes classificados como urgentes no hospital Amadora-Sintra enfrentam hoje de manhã tempos de espera de cerca de 12 horas para a primeira observação, segundo dados do portal do SNS.
A direção-executiva do SNS está hoje reunida com a ULS Amadora-Sintra para procurar soluções para reduzir os tempos de espera nas urgências neste hospital, que classificou como “o principal problema” do SNS neste momento.
A CP informou hoje que se preveem “perturbações na circulação de comboios” na quinta-feira e “possíveis impactos” na quarta e sexta-feira devido à greve geral convocada para dia 11 de dezembro.
Só no último ano letivo, chegaram às escolas mais 31 mil alunos estrangeiros, um salto de 22% que está a transformar por completo o mapa demográfico do ensino em Portugal.
Portugal continental e o arquipélago da Madeira vão ser afetados a partir de hoje por chuva, vento e agitação marítima devido aos efeitos da depressão Bram, tendo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitido já avisos.
Portugal precisa de mais oito mil militares para atingir o objetivo legal de um efetivo de 32 mil nas Forças Armadas, prevendo-se até 36 mil nos próximos 20 anos, e está carente de defesas antiaéreas.
O Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH) revelou hoje atrasos na saída de ambulâncias aos pedidos de socorro da população, sobretudo na Área Metropolitana de Lisboa, alguns superiores a uma hora.
O Sistema de Segurança Interna (SSI) admite que o sistema europeu de controlo de fronteiras para cidadãos extracomunitários poderá ser suspenso durante o Natal para evitar filas nos aeroportos, uma medida que já foi autorizada pela Comissão Europeia.