“Se não há saúde para os nossos, não haverá para mais ninguém”, declara Ventura

"Portugal tem o serviço de saúde que mais esgota recursos, que não tem, para quem vem de fora", começa por discursar André Ventura, apontando o dedo ao Partido Socialista (PS) de deixar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) "numa autêntica bandalheira."

© Folha Nacional

O “Turismo de Saúde” é uma das principais bandeiras do partido liderado por André Ventura, pois “os portugueses estarão sempre em primeiro lugar” e “se não há saúde para os nossos, não haverá para mais ninguém.” Assim, foi tema de debate no Parlamento, na tarde desta quinta-feira, as propostas do CHEGA sobre “Turismo de Saúde”, incluindo quatro projetos de lei que visam restringir o acesso ao SNS por estrangeiros não residentes.

“Portugal tem o serviço de saúde que mais esgota recursos, que não tem, para quem vem de fora”, começa por discursar Ventura, apontando o dedo ao Partido Socialista (PS) de deixar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) “numa autêntica bandalheira.”

O CHEGA propõe que apenas emergências ou pagamentos permitam o acesso a cuidados públicos. O PSD e CDS-PP também apresentam um projeto semelhante, exigindo documentação adicional para estrangeiros. O PS recomenda ao Governo uma análise detalhada dos utentes estrangeiros e melhorias no sistema.

“O PS tem falta de vergonha na cara, pois governou oito anos e deixou o SNS no estado em que está. A doutrina é que quem vem de fora contorna a lei, mas quem cá está paga. Trata-se de um gozo permanente de quem paga o serviço nacional de saúde todos os dias. Olhem para a bandalheira que isto está e se nada fizermos somos cúmplices de um sistema que está podre por dentro”, acusa Ventura.

Nesta senda, Ventura realça: “Se um português não paga a luz, é executado até ao tutano, mas se um angolano, moçambicano ou cabo-verdiano não paga a saúde, é lhes dada mais uma borla do nosso sistema.”

“Os imigrantes estão a vir a Portugal para ter filhos à nossa conta. O CHEGA defende os portugueses, pois o SNS diz respeito aos contribuintes. Lá fora, existe a obrigatoriedade de seguro, por isso, quem vem a Portugal tem de pagar”, finalizou.

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