Trump ameaça retomar controlo do canal do Panamá

O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou as “tarifas ridículas” impostas aos navios norte-americanos que usam o canal do Panamá e ameaçou exigir que os EUA recuperem o controlo da via navegável.

©Facebook.com/DonaldTrump

Trump sugeriu, no sábado, que a China está a exercer uma influência crescente sobre o canal, uma via marítima vital para as empresas e interesses norte-americanos que o usam para transportar mercadorias entre os oceanos Atlântico e Pacífico.

Se o Panamá não for capaz de garantir a “operação segura, eficiente e fiável” desta via navegável, “então exigiremos que o canal do Panamá nos seja devolvido, na sua totalidade, e sem discussão”, escreveu Trump na sua rede Truth Social.

“A nossa marinha e o nosso comércio estão a ser tratados de forma particularmente injusta (…) As taxas [de passagem] que o Panamá cobra são ridículas”, afirmou o republicano, que deverá suceder ao democrata Joe Biden a 20 de janeiro.

Este “roubo total do nosso país vai parar imediatamente”, prometeu.

O controlo do canal do Panamá, concluído pelos Estados Unidos em 1914, foi totalmente devolvido ao país centro-americano em 1999, no âmbito de um acordo assinado pelo antigo presidente democrata Jimmy Carter em 1977.

“Só ao Panamá cabia geri-lo, não à China ou a qualquer outro país”, escreveu o bilionário. “Não deixaríamos e NUNCA deixaremos que caia nas mãos erradas!”

As autoridades panamianas ainda não reagiram a estas declarações.

De acordo com as estimativas, cerca de 5% do tráfego marítimo mundial passa pelo canal, que permite aos navios que viajam entre a Ásia e a costa leste dos Estados Unidos evitar um longo e perigoso desvio através do extremo sul da América do Sul.

Em outubro, a Autoridade do Canal do Panamá anunciou que tinha registado receitas de quase cinco mil milhões de dólares (4,8 mil milhões de euros) durante o último ano fiscal.

Últimas do Mundo

Um acordo para acabar com os subsídios prejudiciais à pesca poderá ser alcançado ainda antes da Conferência dos Oceanos das Nações Unidas, agendada para junho em Nice, disse o enviado especial da ONU para os oceanos.
O ator norte-americano Richard Chamberlain, herói da série televisiva "Dr. Kildare", morreu no sábado no Havai, aos 90 anos, de acordo com o seu agente.
O papa Francisco disse hoje que acompanha “com preocupação” a situação no Sudão do Sul, e também lamentou que “a guerra continue a fazer vítimas inocentes” no Sudão, pedindo negociações para uma trégua.
O primeiro-ministro israelita viaja para a Hungria em 02 de abril, anunciou hoje o seu Gabinete, apesar do mandado de detenção do Tribunal Penal Internacional (TPI) por suspeitas de crimes de guerra e crimes contra a humanidade em Gaza.
As autoridades militares ucranianas acusaram hoje a Rússia de cometer um novo crime de guerra ao atacar um hospital durante o seu último ataque aéreo à Ucrânia, nomeadamente em Kharkiv, que provocou dois mortos e 30 feridos.
Um sismo de magnitude 5,1 na escala de Richter abalou hoje Mandalay, no centro de Myanmar (ex-Birmânia), sendo uma réplica do terramoto de magnitude 7,7 que provocou mais de 1.600 mortos e 3.400 feridos.
A organização islamita palestiniana Hamas afirmou-se hoje disposta "a libertar um pequeno número de reféns", desde que Israel garanta um cessar-fogo durante o feriado de Eid al-Fitr, que marca o fim do Ramadão, segundo fonte ligada às negociações.
Pelo menos quatro pessoas foram hoje esfaqueadas durante um ataque na cidade norueguesa de Trondheim, anunciaram as autoridades locais.
A manifestação contra o Presidente da Turquia e a favor de seu provável rival nas próximas eleições, Ekrem Imamoglu, o prefeito de Istambul suspenso do cargo e preso domingo por acusações de corrupção, começou hoje com milhares de participantes.
As equipas de resgate tailandesas estimam que existam, pelo menos, 15 sobreviventes nos escombros do arranha-céus que ruiu, na sexta-feira, em Banguecoque, em consequência do terramoto na vizinha Myanmar, que já fez oito mortos.