“A transferência deve-se ao facto de o petroleiro ter sido apreendido pelo Departamento Nacional de Investigação (NBI), (…) o novo local tem melhores condições para realizar a investigação”, indicou a polícia em comunicado.
Adiantou que o navio, que navegava com bandeira das Ilhas Cook integrado na referida frota destinada a contornar as sanções, vinha da Rússia. Foi detido na quinta-feira após a rutura de um cabo elétrico subaquático que ligava a Finlândia à Estónia e escoltado até ao porto de Kilpilahti, a 40 quilómetros a leste de Helsínquia.
O Eagle S transporta gasolina sem chumbo carregada num porto russo com destino ao Egito, sendo o porto de Kilpilahti para navios de carga líquida.
No dia de Natal, a ligação de corrente contínua EstLink 2, entre a Finlândia e a Estónia, foi desligada da rede. O operador finlandês Fingrid disse que estava “fora de serviço” devido a danos ainda não avaliados. A polícia finlandesa abriu uma investigação por suspeita de sabotagem.
O Mar Báltico tem sido palco de vários incidentes semelhantes desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em fevereiro de 2022.
Estas ações, que visam nomeadamente infraestruturas de energia e comunicações, inserem-se, segundo especialistas e políticos, no contexto da “guerra híbrida” liderada por Moscovo nesta vasta área, que faz fronteira com a Rússia e vários países membros da NATO.