Acidente de avião terá causado 179 mortos na Coreia do Sul

Um total de 179 pessoas terão morrido hoje na queda de um avião da Jeju Air no aeroporto de Muan, no sudoeste da Coreia do Sul, de acordo com informações preliminares dos bombeiros.

© D.R.

Segundo a agência de notícias pública sul-coreana Yonhap, as equipas de emergências conseguiram resgatar dois sobreviventes, um tripulante e um passageiro, do avião que tinha 181 pessoas a bordo.

O número oficial de mortos é de 120, enquanto os bombeiros continuam a trabalhar na zona e a verificar o estado das vítimas, embora já tenham notado que a maioria estaria “presumivelmente morta” e que o número oficial deverá aumentar drasticamente nas próximas horas.

O anterior balanço provisório daquele que é já um dos piores desastres aéreos na história da Coreia do Sul apontava para pelo menos 85 mortos.

O avião ficou “quase completamente destruído” e os passageiros e tripulantes tiveram “poucas hipóteses de sobreviver”, disseram os bombeiros.

“Os passageiros foram ejetados do avião quando este colidiu com uma barreira, deixando-os com poucas hipóteses de sobrevivência”, disse um bombeiro local, durante uma reunião com familiares das vítimas.

“O avião está quase totalmente destruído e a identificação dos falecidos está a ser difícil”, acrescentou.

O avião, com 175 passageiros e seis membros da tripulação a bordo, despenhou-se por volta das 09:07 (00:07 em Lisboa) ao aterrar no aeroporto da cidade de Muan, no sul da Coreia do Sul, a cerca de 290 quilómetros da capital, Seul.

De acordo com a polícia e bombeiros, o avião, um Boeing 737-8AS vindo da capital da Tailândia, Banguecoque, colidiu com uma vedação de betão e incendiou-se.

As autoridades aeroportuárias disseram que o avião estava a tentar uma aterragem forçada, após uma primeira tentativa ter falhado, devido a uma avaria do trem de aterragem.

No entanto, o avião não terá conseguido reduzir a velocidade até chegar ao fim da pista, o que provocou a colisão com a vedação e o incêndio.

O chefe do corpo de bombeiros de Muan, Lee Jeong-hyun, disse que a queda se deveu provavelmente a uma colisão com um pássaro, combinada com condições meteorológicas adversas.

O presidente em exercício do país, Choi Sang-mok, ordenou que fossem feitos todos os esforços possíveis nas operações de resgate após o acidente.

O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros da Tailândia confirmou em comunicado a presença de dois cidadãos no avião e disse que o país está em contacto com Seul.

Nikorndej Balankura instou os familiares destes dois cidadãos a telefonar para a embaixada tailandesa em Seul para receber mais informações.

A última vez que a Coreia do Sul sofreu um desastre aéreo de grande escala foi em 1997, quando um avião da companhia aérea sul-coreana Korean Airline se despenhou no território norte-americano de Guam, matando as 228 pessoas a bordo.

Últimas do Mundo

O juiz do Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro Alexandre de Moraes negou hoje um pedido do ex-Presidente Jair Bolsonaro para recuperar o seu passaporte e viajar para os Estados Unidos, onde pretendia assistir à posse de Donald Trump.
A Comissão Europeia indicou hoje não ter "qualquer intenção" de suspender atividades das plataformas digitais -- como o X ou o TikTok -- na União Europeia (UE), apesar do processo sobre riscos eleitorais, vincando que isso seria o "último recurso".
A Human Rights Watch (HRW) apontou hoje como pontos críticos em Angola a fome que atinge uma em cada quatro crianças, a brutalidade policial e leis que violam direitos humanos, conclusões que constam no seu relatório sobre 2024.
Os esforços do líder chinês, Xi Jinping, para centralizar o poder resultaram no aumento da repressão em todo o país, com impacto mais severo nas regiões do Tibete e Xinjiang, afirmou hoje a organização Observatório dos Direitos Humanos (ODH).
A inflação na Argentina chegou a 117,8% em 2024, a mais alta da América Latina, mas desceu 94 pontos em relação a 2023, tornando-se a principal bandeira do Presidente, Javier Milei, mas a valorização da moeda preocupa economistas.
A Human Rights Watch (HRW) acusou esta quinta-feira o governo de Hong Kong de ter intensificado um programa de perseguições e condenações de ativistas desde a introdução da nova lei de segurança nacional no ano passado.
O gabinete do primeiro-ministro de Israel, Benjamim Netanyahu, diz que o Conselho de Ministros só se vai reunir para aprovar o acordo de cessar-fogo quando o Hamas esclarecer "crise de última hora".
O líder supremo do Irão, Ali Khamenei, disse hoje que a Palestina e o Eixo da Resistência, a aliança informal contra Israel liderada por Teerão, forçaram Israel a retirar-se de Gaza.
O Presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou hoje que o Governo de Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas chegaram a um acordo sobre a libertação dos reféns israelitas, que será publicado “em breve”.
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou na terça-feira um projeto de lei que proíbe jovens transgénero de participarem em desportos femininos em faculdades e universidades que recebem financiamento público.