A escola é, ou deveria ser, um espaço neutro, onde todos os alunos têm a oportunidade de aprender, refletir e formar as suas próprias opiniões. No entanto, a realidade que muitos jovens enfrentam é bem diferente. A minha experiência como estudante de uma escola básica e, atualmente, de uma secundária, mostrou-me que determinadas ideologias políticas (principalmente de esquerda) têm um impacto preocupante no ambiente escolar e na forma como somos preparados para a vida em sociedade.
Nos últimos anos, percebi como algumas ideologias infiltram-se nas escolas através de comentários de professores, materiais didáticos ou até mesmo na forma como certos assuntos são ensinados.
Temas como a ditadura, o 25 de Abril ou direitos humanos, por exemplo, muitas vezes são apresentados de forma parcial, promovendo uma visão política específica, enquanto outras perspetivas são desvalorizadas ou mesmo ridicularizadas. Isto cria um ambiente onde os alunos que pensam de forma diferente, se sentem isolados ou intimidados, como aconteceu comigo.
Enquanto membro da Juventude do partido CHEGA, enfrentei situações que mostram como a escola pode ser influenciada por preconceitos ideológicos. Organizei um debate político no âmbito do projeto Parlamento dos Jovens, mas, em vez de ser um espaço de diálogo e pluralidade, o evento revelou-se um exemplo de parcialidade. A professora que moderou o debate fez críticas diretas ao deputado convidado do CHEGA, enquanto tratava os representantes de outros partidos com mais respeito.
Este episódio deixou claro que certas ideias são promovidas como “corretas” enquanto outras são tratadas como perigosas ou erradas.
Além disso, dias depois do debate, fui convocado para uma reunião inesperada na direção que rapidamente tornou-se num momento de intimidação política. O diretor e outros professores fizeram comentários ofensivos, (ambos simpatizam com partidos de esquerda), usando gestos e palavras que me humilharam apenas por causa da minha filiação partidária. Este comportamento é um exemplo extremo de como determinadas ideologias podem moldar o ambiente escolar, transformando-o num local hostil para quem pensa de forma diferente.
Mas este problema vai além das experiências individuais. A influência de certas ideologias cria uma mentalidade coletiva nos alunos, onde o medo de ser julgado os impede de questionar ou explorar novas ideias. Como consequência, limita a liberdade de pensamento e compromete a formação de cidadãos críticos e autónomos. A escola, que deveria ser um espaço de diversidade e respeito, torna-se então num local de conformidade, onde só é “aceitável” pensar de uma forma específica.
É urgente que as escolas adotem uma postura verdadeiramente neutra, que respeitem a pluralidade de ideias que garantam que todos os alunos se sintam valorizados, independentemente das suas convicções políticas. A educação deve promover o diálogo, a reflexão e o respeito, e não impor visões ou silenciar vozes.
Apenas assim conseguiremos formar jovens preparados para viver numa sociedade democrática, onde a liberdade de pensamento e a diversidade sejam verdadeiramente valorizadas!