André Ventura encerrou o debate, sentenciando que o que esperava aconteceu: “O primeiro-ministro não conseguiu responder a nenhuma das mais importantes questões”. O Presidente do CHEGA apontou o dedo a Montenegro por ter fugido a todas as questões colocadas e por não se ter referido ao tema da moção de censura nem ter divulgado os seus clientes.
“Não vale a pena gritar, dizer que é muito transparente ou que quer agora andar para a frente”, disse Ventura, prometendo “não desistir” de esclarecer tudo. E deixou mais perguntas: “Quais eram os serviços prestados e qual a faturação [da empresa]?”
No seu discurso de encerramento, o líder do CHEGA questionou se Montenegro sabia que vários dos membros do seu Governo tinham participações imobiliárias e fez ainda sobressair que é importante “saber quando o dinheiro público é usado para fazer ajustes com pessoas do círculo familiar ou com quem se tem negócios.”
“Ninguém está acima da lei e a transparência é para todos, a começar pelo primeiro-ministro”, arrematou.
Por fim, Ventura acusou PS e PSD de se “protegerem” e assegurou que esta tarde “valeu”, porque pela primeira vez na História de Portugal um primeiro-ministro foi chamado ao Parlamento pela sua “integridade”.
O Governo enfrentou, esta sexta-feira, a primeira moção de censura na Assembleia da República que foi chumbada. A moção de censura foi apresentada pelo CHEGA após ter sido noticiado que poderia haver um conflito de interesses com o facto de a esposa do líder do Executivo ser sócia da Spinumviva.