QUO VADIS CHEGA?

Os últimos dias foram de surpresa e de estupefação. Não é que quotidianamente o CHEGA não seja confrontado por uma imprensa a soldo ou por ditos comentadores, verdadeiros celerados intelectuais, deixem até de comentar negativamente o caminho de um partido diferente na sua postura porque diz, aberta e descaradamente, o que está mal no país.

Desta vez, porém, quem tem a obrigação de se comportar decentemente e que sabe à exaustão que tem mil olhos em cima do seu comportamento, refiro-me claro está ao deputado Miguel Arruda que não passa de um pobre-diabo e a Nuno Pardal, deputado municipal, não se comportaram devida e civilizadamente. E lamento.

Se quanto ao primeiro a sua sanidade mental obrigava a um debruçar responsável sobre o processo de escolha do CHEGA para deputados que não é feito e tem a ver com o seu normal procedimento, a sua maneira de trajar, a saúde económica no seu dia a dia, a inexistência de um exame psicotécnico cada vez mais necessário, enfim, à compreensão obrigatória da responsabilidade duma nomeação para cargos importantes, como é o de um deputado da nação. Mais lamentável é a atitude de uma Assembleia da República que não se apercebe ou não se quer aperceber, da presença de um doente que por lá permanece e até vota sobre os projetos de lei apresentados. Se calhar pelos danos que a presença de Arruda ainda possa causar ao CHEGA, com a sua idiota e pestilenta presença no hemiciclo.

Já ao segundo, o meu amigo Nuno Pardal, a surpresa apresentada nos factos que ele corrobora em parte são, para mim, uma facada nas costas e uma desilusão. A ser verdade a consulta de “sites” pornográficos revela uma anormalidade desconhecida que por ser de “profissionais” ditos masculinos, mostra uma aberração escondida e desconhecida que, em boa verdade, me ofende. Não estava nem estou preparado para uma verdade destas e daí considerar os seus actos como uma traição e uma ofensa entre aqueles que defendem outra normalidade, oposta à existente na actualidade deste meu irreconhecível Portugal.

E se quanto ao anormal das malas, o seu comportamento nada me diz e até sou de opinião que o deputado deveria estar numa ala bem especial do Júlio de Matos, pois estão lá outros de bem melhor comportamento cívico e intelectual, ao Nuno Pardal não posso perdoar tal comportamento. Ofendeu o partido, os seus amigos e desgraçou a sua vida. E por aqui me fico. Magoado porque não consigo nem o quero sequer entender.

Ainda há o caso do deputado José Paulo Sousa com um grau de alcoolémia que revela enorme descuido e irresponsabilidade não tendo, porém, e felizmente, morto ninguém. Concordo com as críticas. Mas que atire a primeira pedra aquele que nunca pecou assim!

Para gáudio dos detratores do CHEGA que puderam agora “bater à vontade” no partido que eles consideram antidemocrata mesmo havendo entre as suas fileiras um PCP que por aqui resiste ao longo dos anos, depois de ter atentado em 25 de novembro de 1975 contra a periclitante democracia instaurada em 1974. Sendo, por convicção, intentos e desde sempre, o mais antidemocrata dos antidemocratas entre os partidos. Outras alimárias como as do BE, do Livre e do PAN ladram ao sabor da caravana onde as rodas chiam aflitas e sempre oleadas pela maldade, a mentira, a oportunidade e o cinismo.

O PS e o PSD enviam poucos “tró-la-rós” já que não se sentem à vontade em relação aos seus casos perdidos, mas mandam emissários de sorriso satisfeito como que confortados não pela sua imensa graça, mas pela desgraça dos outros. Sempre com enorme satisfação e querer que os outros não se lembrem de águas passadas. E que águas, Deus meu.

Dos factos há a salientar a posição do CHEGA e do seu presidente que, ao contrário do que dizem ou deixam de dizer os pretensos fazedores de opinião, é diferente dos restantes partidos e dirigentes. Sim! O CHEGA esteve mal porque os factos são ou apontam a um mau comportamento ou atitude de seus representantes. Mas o seu “leader”, André Ventura, teve em todos os casos a postura que todos nós, os do CHEGA e os portugueses em geral, esperávamos. Mais, André nada mais fez, ao contrário doutros “leaders”, do que sempre prometeu e cumpriu – Gente que se porta mal atentando contra a responsabilidade das funções no partido é, de imediato, posto de parte. – Para exemplo não seguido por outros, agora cinicamente satisfeitos.

Mas nem tudo vai bem no reino do CHEGA. André Ventura já se apercebeu do facto e tem mesmo de estar preocupado. Tem também de ouvir outras pessoas como, por exemplo, o seu Conselho Nacional e não fechar-se sobre um núcleo que embora importante tem de ser complementado por outras opiniões. Agora que se aproximam as autárquicas, tem de aproveitar a oportunidade para verificar o que está bem e o que está mal. Isto sou eu a falar. Eu que estou à vontade para falar mas que nem sempre sou ouvido mesmo em assuntos que me dizem diretamente respeito.

E quero dar a minha opinião.

Não só pela antiguidade, mas pela capacidade, pela experiência e pela lealdade com que sempre servi aqui pelas socialistas terras de Sacavém, de que ninguém quer saber, para onde poucos ou nenhuns querem vir, dado o desnível que a esquerda conquistou ao longo dos anos num lugar onde os cargos sociais mais relevantes, se dividem entre socialistas, comunistas e seus mais chegados familiares.

De nada preciso ou precisei desde que aderi ao CHEGA. Nada quero e nada pedi. O CHEGA foi o primeiro e único partido que escolhi nesta dita e hipócrita democracia em que vivemos. Servi o meu país de diversas formas. Como piloto militar na Força Aérea e como piloto civil na TAP e na EuroAtlantic. Retirado, continuei a apostar no servir, e apostei, neste final de vida, nas intenções, nos valores e no caminho do CHEGA em busca de um Portugal de que me orgulhe.

Por vezes fico triste, desiludido até.

Mas nunca desisto! O que me dá o direito de perguntar

QUO VADIS CHEGA?

 

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