12 Maio, 2024

10 de Junho e o português moderno

O 10 de Junho celebra o Dia da Raça, o dia de Camões, de Portugal e das Comunidades Portuguesas. Na CNN/TVI, esse canal que nunca se apercebe dos princípios que defende quando se devia resumir a um profissional serviço de notícias, veio mais uma vez com a questão do racismo mostrando gente que dança e que toca bombo algures no centro da cidade de Lisboa em manifestação da Frente Antirracista que à custa de todos nós, recebe umas verbas para manter a voz e a energia. Escolheu este dia para pela primeira vez, falar de Alcino Monteiro, um jovem que foi assassinado no dia 10 de Junho de 1995 e segundo o repórter por um grupo de neonazis. Aproveitou também o esforçado e tendencioso repórter para referir que vários outros jovens foram também agredidos na mesma ocasião há 28 anos atrás. Cantam contra a xenofobia em Portugal e que a iniciativa tinha decorrido esta manhã num sítio que considera o centro de Lisboa. Entrevistado, foi um sujeito chamado Henrique Chaves de tez morena e de mau português, dito “presidente da frente antirracista”. 

O entrevistador começa por relembrar Alcino Monteiro, “morto à pancada no centro de Lisboa. E ao fim de 28 anos, o que falta mudar”? Diz o Alcino que a manifestação serve também para marcar outras mortes por racismo em Portugal e ”que falta mudar muita coisa”. Fala na extrema direita e rapidamente o entrevistador, um garoto iletrado e de sinistra ideologia, insinua que os casos de racismo aumentaram desde que forças políticas como o CHEGA chegaram ao parlamento. 

Ou seja, antes que o Alcino se esqueça, o “ponto” manda para o ar o lembrete anti CHEGA sempre preparado por estes idiotas desta tão rasteira imprensa. Foram dez (10) minutos de propaganda menor e de volta ao racismo. “Polícia e SEF têm que ter maior intervenção sobre, por exemplo, o que se passa em Odemira e sobre as redes de tráfego nunca esquecendo o empregador, para que o discurso não seja cada vez mais desfavorável em relação ao emigrante”. Diziam eles. Pois, diria eu. Todos têm de fazer tudo para que o “presidente”, que mal fala português consiga depois fazer umas manifestaçõezinhas com umas danças e uns tambores relembrando tudo menos a data que interessa desde há muito aos portugueses. E tudo isto à conta de umas “lecas” valentes que continuam a receber deste governo. Mais, parecendo até que ao lembrarem o morto do ano de 1995, venham apenas e agora pela primeira vez, tentar “tapar” a referência que é o 10 de Junho no calendário dos portugueses.

Não era essa a intenção da CNN/TVI?

Ao mesmo tempo na igreja dos Jerónimos a cerimónia, a lembrança e a homenagem era outra. Todos os anos se celebram e honram aqueles que como combatentes deram a vida pela Pátria, sem nada pedir em troca e que não têm observatórios nem frentes antiportuguesas nem recebem seja o que for ou sequer apoio ou verba para manifestações no sítio a que um repórter qualquer chama generalizando de centro de Lisboa. E nesse tempo que passou desde as 10H30 numa missa que parece cada vez mais um atentado aos bons costumes por parte dos órgãos de informação que evitam mostrar a fé, o passado e a honra até depois da hora de almoço, ninguém da imprensa apareceu por lá porque o importante mesmo era relembrar sim os maus portugueses e os outros que por cá recebidos e tratados como tal fazem, espalhando esses sim, o racismo. E foram dez (10) minutos de má língua, de raiva e de revolta à volta da cor da pele. Só para ver se ninguém se preocupava ou sequer queria saber de uma cambada de velhos fascistas e saudosistas dum passado colonial e nazi que estas gentes socialistas querem ver esquecidos. Eu diria mortos referindo-me ao futuro que tais gentes anseiam para velhos combatentes do ultramar que pouco ou nada recebendo em troca, incomodam pela diferença de tratamentos que lhes é dada e a falta do respetivo reconhecimento quando comparados com aqueles que, não querendo servir Portugal por ideologia (?), receberam e recebem do estado, apoio completo.

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