Voando sobre um ninho de cucos

© Folha Nacional

Quando é contra eles é sempre de raiva e ódio o discurso pronunciado. Até o pequenino João Torres esse explicadinho que fala sobre tudo e todos, com ar de que lhe devem dinheiro e onde parece, aí sim, existir qualquer coisa por resolver, atreve-se a falar sobre o passado de Cavaco que pouco considera. Onde isto chegou. Melhor fora que o PS chamasse as primeiras figuras que diz ter, mas que pelos vistos não querem nem se atrevem a defender um governo à deriva, antes do mesmo pôr terceiras ou quartas figuras com tiques dos mais ridículos vistos a candidatos a ditadores, dando razão ao povo quando diz do alto da sua sabedoria – “Se queres ver o vilão põem-lhe o pau na mão.” As “baboseiras” ditas atabalhoadamente com muita saliva à mistura são de quem não consegue controlar a língua tornando caricatas e ridicularizando as figuras que, pela postura sabuja, sobressaem das levianas idiotices que proferem.
Continuam a fazer ameaças veladas ou não e do tipo “não nos esqueceremos” tais como outras descaradas roçando até o ordinário e como as inesquecíveis proferidas e repetidas por gente alarve quando ameaçam que “Quem se mete com o PS, leva.”, demonstrando assim como, na realidade, não têm capacidade ou estofo para lidar com quem, não concordando com eles, diz de sua justiça esperando um repto democrata. Não é assim, como sabem! Acossado por todos os lados, até pelo seu mais lúcido interior, corre para a frente, para a asneira que nem sequer é forçada e dá uma má imagem para o país e infelizmente para o exterior, donde nos observam com a apreensão acostumada.
Entretanto o povo sofre cada vez mais enquanto os governantes e os seus servidores anunciam melhoras e progressos à tripa forra que, alvos da propaganda, mais não são do que isso e ferem a alma do povo. Para onde vamos? Que melhorias podemos anunciar sem que um povo sábio desconfie? Quando muda o caminho da vulgaridade inferior para um progresso sempre anunciado mas que nunca chega? É fado ou simples sina? Ou será sempre irresponsabilidade e incompetência? Que fizeram ou fazem por nós há 50 anos?
Mas a culpa é só dos socialistas? Claro que não. Os chamados de sociais democratas, com enormes culpas no cartório “vendem” agora que, com eles no governo, o caminho será outro e diferente. Não é verdade! Será o mesmo, com os mesmos “tiques”, com as mesmas manias e com uma igual maneira de governar. Com os mesmos impostos, a mesma autoridade e com a mesma desfaçatez. Tal como fizeram anteriormente. E é por saber que será assim que as sondagens não saem do “para pior já basta assim”, tal como o povo pensa.
Acho que todos nos devemos sacrificar por Portugal, mas também sei o que irá acontecer a qualquer partido que, neste momento tente governar este solo para poucos tão sagrado.
Quem quer afinal governar o que outros tornaram um caos? Que futuro terá um partido ao tomar conta deste Portugal contaminado? Não deixará por ventura de ser considerado culpado por tudo o que corra mal? Primeiro é necessário refazer a sociedade, os seus princípios e os seus valores. Resta saber se teremos tempo para tal.
E ter gente no país que não acha grave ter um primeiro ministro, que fora da sua agenda oficial, manda o aviador desviar a sua rota para assistir a uma final europeia de futebol, deixa a confirmação da bandalheira onde caímos. “Ó aviador, aterra aí no Buda que a Peste não se importa e tuga já se habituou!”. Terá dito o Rajá que se julga dono disto tudo.
“Despesas? Isso é com o Medina, com os seus números martelados”, acrescentou.
Entretanto e no intervalo das suas deslocações ao estrangeiro o, presidente desta decadente república “Célinho” para os cada vez menos amigos que tem, diz que o Rajá Costa apenas quis apoiar Mourinho. Mais doente ainda do que pensávamos e enquanto levanta algum dinheiro no multibanco junto ao palácio de Belém, vai ajeitando com pé velho e cansado as pedras soltas dos passeios pensando que o povo, por ser só povo, não tem qualquer visão de estado.

Artigos do mesmo autor

A TAP Air Portugal Há duas maneiras de analisar a importância da TAP num país como o nosso. Deixando as explicações e as justificações para os especialistas, para os políticos intervenientes e para os comentadores e os seus tró-la-rós, vou tentar explicar e até certo ponto “justificar” a atração dos políticos, os verdadeiros atores do […]

O homem que pretendo homenagear chama-se Fausto Bordalo Dias, meu contemporâneo, mas de quem nunca me aproximei só porque me lembrava das suas companhias como Zeca Afonso ou Adriano Correia de Oliveira. Sem nada de pessoal contra os mesmos estávamos na realidade em campos opostos e na altura em que cantavam canções de protesto o […]

Chamavam-se Carolina Amália e Josefina Adelaide, filhas de um abastado negociante italiano, cá por Lisboa estabelecido. O pai morreu e as filhas sem dinheiro, tiveram de mudar de uma rica casa de S. Bento para um modesto andar perto da Escola Politécnica. A mania das grandezas, os “tiques” e a nova condição exposta à critica […]

Antigamente as sentinelas perguntavam “quem vem lá” a todos os que se aproximavam do seu espaço ou do seu território. Perguntavam eles a quem vinha pela identificação e se amigo, a troca da senha e da contrassenha permitia a autorização para o avanço ao reconhecimento. Se os que se aproximavam eram desconhecidos, eram múltiplos e […]

Ouvi estupefacto o podcast do Expresso com Henrique Monteiro e Lourenço Pereira Coutinho e confesso a minha surpresa com os factos divulgados pelo convidado, Vasco Lourenço. Eu que nada sou e que até há bem pouco tempo poucos sabiam da minha existência, estava ao portão de armas da B.A.1 na Granja do Marquês em Sintra. […]