UE adota 16.º pacote de sanções à Rússia no terceiro aniversário da guerra

A União Europeia (UE) adotou hoje o 16.º pacote de sanções comunitárias à Rússia pela invasão da Ucrânia, aquando do terceiro aniversário do conflito, com vista a “enfraquecer ainda mais” a economia russa e o financiamento da guerra.

© D.R.

“No terceiro ano do início da invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia, o Conselho adotou hoje um vasto 16.º pacote de medidas restritivas económicas e individuais. O pacote afeta setores vitais da economia russa, enfraquecendo ainda mais a capacidade do regime para travar a sua guerra de agressão ilegal, não provocada e injustificada contra a Ucrânia”, anunciou em comunicado a instituição comunitária que junta os Estados-membros europeus.

A ‘luz verde’ aconteceu na reunião desta manhã dos ministros europeus dos Negócios Estrangeiros da UE, na sua reunião em Bruxelas, na qual participa o chefe da diplomacia portuguesa, Paulo Rangel, após um primeiro aval político na semana passada.

“Há três anos que a Rússia bombardeia implacavelmente a Ucrânia, tentando roubar-lhe terras que não lhe pertencem. Esta nova ronda de sanções não visa apenas a frota sombra russa, mas também aqueles que apoiam a operação de petroleiros inseguros, os controladores de videojogos utilizados para pilotar ‘drones’, os bancos utilizados para contornar as nossas sanções e os meios de propaganda utilizados para espalhar mentiras”, afirma a chefe da diplomacia da UE, Kaja Kallas, citada pela nota.

“Não há dúvidas sobre quem é o agressor, quem deve pagar e ser responsabilizado por esta guerra e cada pacote de sanções priva o Kremlin [regime russo] de fundos para fazer a guerra. Com as conversações em curso para pôr termo à agressão da Rússia, temos de colocar a Ucrânia na posição mais forte possível, [pelo que] as sanções proporcionam uma vantagem”, adianta a responsável.

Em concreto, a UE passou a incluir nas suas sanções mais 48 pessoas e 35 entidades.

Além disso, depois de o último pacote de sanções (o 15.º) ter passado a incluir navios da frota fantasma, com os quais o regime russo tentava contornar as restrições ocidentais ao comércio de petróleo, este novo pacote reforça o combate à evasão ao embargo aplicado à Rússia, atingindo 74 novas embarcações, num total agora de 153.

Surgem ainda novas restrições noutros setores, como comerciais e financeiras.

Desde o início da invasão russa da Ucrânia, em 24 de fevereiro de 2022, a UE tem avançado com pesadas sanções contra a Rússia, nomeadamente económicas ou diplomáticas, visando 2.400 pessoas e entidades, entre os quais o Presidente russo, Vladimir Putin e o ministro dos Negócios Estrangeiros do país, Sergey Lavrov.

Avançou-se também para o congelamento de bens, num total de 24,9 mil milhões de euros de bens privados congelados no espaço comunitário e de 210 mil milhões de euros de bens do Banco Central da Rússia bloqueados.

Ao nível comercial, as medidas restritivas europeias visam 48 mil milhões de euros em exportações proibidas para a Rússia e 91,2 mil milhões de euros em importações proibidas provenientes da Rússia.

A Ucrânia tem também contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais.

Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.

O conflito de três anos provocou a destruição de importantes infraestruturas em várias áreas na Ucrânia, bem como um número por determinar de vítimas civis e militares.

Últimas do Mundo

A liberdade na Internet em Angola e no Brasil continuou sob pressão devido a restrições legais, à repressão à liberdade de expressão e a campanhas para manipular narrativas políticas, segundo um estudo publicado hoje.
Os Estados Unidos adiaram hoje, pela segunda vez, o lançamento de dois satélites que vão estudar a interação entre o vento solar e o campo magnético de Marte, proporcionando informação crucial para futuras viagens tripuladas ao planeta.
Após os ataques em Magdeburgo e Berlim, os icónicos mercados de Natal alemães estão sob alerta máximo. O governo impôs medidas antiterrorismo rigorosas e custos milionários, deixando cidades e organizadores em colapso financeiro.
Um relatório do Ministério do Interior alemão revela que suspeitos sírios estão associados a mais de 135 mil crimes em menos de uma década. A AfD aponta o dedo ao governo de Olaf Scholz e exige deportações imediatas.
O aumento da temperatura global vai ultrapassar o objetivo de 1,5 graus centígrados no máximo numa década em todos os cenários contemplados pela Agência Internacional de Energia (AIE), relatório anual de perspetivas energéticas globais, hoje publicado.
A Ryanair deve abster-se de impedir o embarque de passageiros, com reserva confirmada, que não sejam portadores do cartão digital, bem como de impor taxas pela utilização do cartão físico, determinou a ANAC - Autoridade Nacional de Aviação Civil.
O Governo ucraniano afastou hoje o ministro da Justiça, depois de este ter sido implicado num alegado esquema de cobrança de comissões na empresa nacional de energia atómica, revelado na segunda-feira pela agência anticorrupção do país.
Pelo menos 27 pessoas morreram e 3,6 milhões foram afetadas pela passagem do supertufão Fung-wong nas Filipinas no domingo, informaram hoje as autoridades locais.
As autoridades espanholas intercetaram 18 migrantes em Pilar de la Mola, que tinham alcançado Formentera, ilhas Baleares, na terça-feira à noite a bordo de uma embarcação precária.
A produção mundial de vinho recuperou ligeiramente em 2025 face ao ano passado, mas segue em baixa, principalmente devido ao impacto das condições climáticas adversas, segundo a Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV).