Em declarações aos jornalistas à margem de uma arruada em Setúbal, André Ventura disse que o partido vai “voltar à carga com propostas que marcaram a atuação do CHEGA na última legislatura”.
Uma delas é que “quem comete um crime grave e comete uma outra vez, ou seja, quem tem reincidência deste tipo de criminalidade, não possa ter nem penas suspensas, nem ficar fora da prisão, tem que cumprir pena de prisão, um mínimo de cinco anos de prisão”, afirmou, acrescentando que o partido vai propor também que se forem várias vezes reincidentes, “tenham um mínimo de dez anos de prisão”.
O Presidente do CHEGA defendeu que esta “é uma forma de tirar bandidos da rua e garantir que o sistema português funciona bem, sem as penas suspensas habituais, sem as amnistias habituais, sem o olhar para o lado que muitas vezes acontece, não por culpa dos magistrados, mas porque a lei não o permite”.
A segunda proposta é dirigida a imigrantes, sendo que o CHEGA quer que um estrangeiro que cometa crimes graves “seja imediatamente devolvido ao seu país de origem após cumprir pena de prisão”.
“São duas propostas a que vamos voltar. Se tivermos capacidade de influenciar, ou liderar o próximo governo, vamos exigir que estas sejam medidas estruturais do novo quadro de governação”, disse André Ventura.
O CHEGA fez hoje uma arruada pelo centro de Setúbal, ainda antes do período oficial de campanha para as eleições legislativas de 18 de maio. André Ventura, acompanhado de deputados e apoiantes do partido, percorreu várias ruas do centro da cidade, e foi cumprimentando e tirando fotografias com algumas pessoas que o abordavam.
Uma das pessoas presentes foi Lina Lopes, antiga deputada do PSD eleita pelo círculo de Lisboa, que saiu do partido e será candidata à Câmara Municipal de Setúbal com o apoio do CHEGA.
A comitiva tinha bandeiras do CHEGA e de Portugal, e havia também vários jovens com camisolas da juventude do partido.