“Imigrantes vêm para Portugal só para ter filhos”. Um terço dos bebés que nasceram cá são de mães estrangeiras

André Ventura reagiu a estes números afirmando que o “problema maior é o das grávidas que vêm para Portugal para ter filhos” e defendeu que o partido pretende exigir que, para entrarem no país, estas mulheres tenham seguro de saúde.

© D.R.

Cerca de um terço dos bebés nascidos em Portugal em 2024 são filhos de mães de naturalidade estrangeira, segundo dados divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). No total, nasceram 84.650 bebés, menos 1,2% do que no ano anterior.

O presidente do CHEGA, André Ventura, reagiu a estes números afirmando que o “problema maior é o das grávidas que vêm para Portugal para ter filhos” e defendeu que o partido pretende exigir que, para entrarem no país, estas mulheres tenham seguro de saúde.

“Quem chega a Portugal grávida de oito meses não vem numa situação de urgência, vem para ter o filho em Portugal. Outra coisa é quem já cá esteja e sofra, por exemplo, um acidente no elétrico em Lisboa. Nesse caso, evidentemente, deve ser atendido”, afirmou Ventura. “Temos de criar mecanismos — e a nossa proposta vai nesse sentido — para impedir o abuso”, acrescentou.

Em dezembro passado, o CHEGA promoveu no Parlamento um debate intitulado “Turismo de Saúde”, no qual foram apresentadas propostas para limitar o acesso de estrangeiros não residentes ao Serviço Nacional de Saúde (SNS). As iniciativas foram aprovadas na generalidade com os votos favoráveis do PSD, CDS-PP e Chega, e os votos contra do PS, Iniciativa Liberal, BE, PCP e Livre.

A proposta de alteração à Lei de Bases da Saúde de 2019 visa permitir o acesso de estrangeiros ao SNS apenas em situações de emergência ou mediante pagamento.

O INE revela ainda que, dos bebés nascidos em 2024, 84.642 são filhos de mães residentes em Portugal. A relação de masculinidade registada é de 106, ou seja, nasceram 106 meninos por cada 100 meninas.

O peso de filhos de mães estrangeiras nos nascimentos em território nacional tem vindo a crescer: em 2023, representavam 29,2%, e, segundo o INE, essa proporção mais do que duplicou na última década.

Últimas do País

A aplicação de telemóveis SNS 24 permite a partir de hoje a triagem de sintomas respiratórios, anunciou o secretário de Estado da Gestão da Saúde, manifestando-se convicto de que os constrangimentos da Linha SNS 24 estão ultrapassados.
As provas nacionais deste ano letivo começam no final de maio com os alunos do 4.º ano a demonstrarem os seus conhecimentos em Educação Artística e terminam em julho com os exames do ensino secundário.
A GNR e a Guardia Civil espanhola detiveram 15 pessoas e apreenderam 1.509 quilos de haxixe e 36 embarcações numa operação conjunta de combate ao tráfico de droga por via marítima na Península Ibérica, foi hoje anunciado.
A PSP está a realizar hoje buscas na sede do Sindicato dos Enfermeiros (SE), no Porto, no âmbito de um inquérito que investiga o alegado desvio de dinheiro da instituição pelo anterior presidente, indicou fonte judicial à agência Lusa.
As reclamações sobre os serviços digitais subiram 170% no terceiro trimestre do ano, sendo a plataforma mais reclamada o Facebook, da Meta, avançou hoje a Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom).
Os doentes classificados como urgentes no hospital Amadora-Sintra enfrentam, na manhã desta quarta-feira, tempos de espera superiores a 14 horas para a primeira observação, segundo dados do portal do SNS.
Uma mulher do alegado grupo criminoso desmantelado em maio e que se dedicava ao auxílio à imigração ilegal, corrupção e branqueamento de capitais viu a sua medida de coação ser agravada para prisão preventiva, informou hoje a PJ.
O programa "ligue antes, salve vidas", para reduzir a pressão nas urgências, ainda não foi implementado em todas as unidades locais de saúde por falta de capacidade da linha SNS 24, reconheceu hoje o diretor executivo do SNS.
O presidente da Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) anunciou hoje que o regulador vai analisar contratos de seguros de proteção ao crédito, onde vê sinais de “algum desequilíbrio” na relação contratual com os clientes.
O casal acusado de triplo homicídio em Donai, no concelho Bragança, em julho de 2022 foi hoje condenado a 25 anos de prisão e ao pagamento de uma indemnização à família das vítimas de 225 mil euros.