Infarmed diz que Portugal tem um polo da reserva europeia de medicamentos

Portugal tem instalado um polo da reserva europeia de medicamentos, que garante acesso em 24 horas, segundo o Infarmed, que assegura que durante o apagão o acesso da população aos fármacos estava garantido.

©D.R.

Numa resposta enviada à Lusa a propósito de uma noticia esta terça-feira publicada pelo Diário de Notícias, que escreve que “Portugal está sem reserva estratégica de medicamentos”, o Infarmed esclareceu que durante o apagão o acesso da população a medicamentos não esteve em causa porque o circuito de distribuição e dispensa foi considerado prioritário “mesmo em situação de falha energética prolongada”.

A Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde diz ainda que os distribuidores nacionais “têm a obrigatoriedade de garantir um stock mínimo de medicamentos para um a dois meses” e que os operadores do circuito do medicamento “estão sujeitos a regras específicas para garantir a disponibilidade contínua de medicamentos”.

Esta situação — acrescenta -, está definida “no Estatuto do Medicamento e pelo Regulamento de Gestão da Disponibilidade do Medicamento”, aprovado já este ano.

O Diário de Notícias cita o bastonário da Ordem dos Farmacêuticos, que se queixa de isolamento do setor, que não integra qualquer Plano de Contingência para a Saúde, alertando que, se o apagão tivesse durado 24 horas, iria haver corte de medicamentos.

Questionado hoje pela Lusa sobre a constituição de reservas estratégicas, o Infarmed escreve que “têm vindo a ser desenvolvidas ações concretas a nível nacional e europeu”, em articulação com as entidades competentes, para “reforçar a resiliência do sistema de saúde e garantir a disponibilidade atempada de medicamentos essenciais em situações de emergência”.

Lembra a Resolução do Conselho de Ministros publicada no ano passado que estabelece medidas para a constituição de reservas estratégicas de medicamentos e dispositivos médicos em Portugal, no âmbito do projeto europeu rescEU Stockpile.

“Esta resolução reforça a capacidade de resposta de Portugal a crises de saúde pública, garantindo a disponibilidade de medicamentos essenciais em situações de emergência ou catástrofe”, acrescenta.

Explica que a Reserva Estratégica Europeia (rescEU) “é uma reserva de capacidades europeias para dar resposta a catástrofes, totalmente financiada pela UE, que se encontra repartida por vários Estados membros e que pode ser acionada a qualquer momento”.

“Os custos de aquisição, funcionamento e manutenção são assegurados pela UE”, diz o Infarmed, explicando que o projeto está “em fase de desenvolvimento técnico” e é gerido pelo Serviço de Utilização Comum dos Hospitais (SUCH”, envolvendo outras entidades do Ministério da Saúde.

Esclarece igualmente que Portugal tem já instalado um pólo desta reserva europeia de medicamentos, dispositivos médicos e dispositivos de diagnóstico – já com 22 polos constituídos em 16 países -, “beneficiando da garantia de acesso a estes produtos em 24 horas através dos mecanismos europeus de proteção civil”.

Últimas do País

A Polícia Judiciária (PJ) já está a disponibilizar o heliporto que fica situado na sua sede, em Lisboa, ao Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) e ao Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST) para transporte de órgãos.
Os hospitais públicos devem garantir que têm profissionais suficientes para poder dar altos aos utilizadores nos três dias em que o Governo concedeu tolerância de ponto, segundo um despacho a que a Lusa teve acesso.
Sete homens, com idades entre os 30 e os 41 anos, foram detidos por tráfico de droga nos concelhos de Benavente e Salvaterra de Magos (distrito de Santarém), Sintra (Lisboa), Setúbal e Vendas Novas (Évora), revelou hoje a GNR.
A Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos (SRNOM) manifestou hoje preocupação com o alerta dos internistas da ULS do Tâmega e Sousa sobre a sobrecarga assistencial, assegurando que irá acompanhar o processo e intervir para promover soluções.
A Agência Portuguesa do Ambiente chumbou as alterações que o consórcio AVAN Norte queria fazer à linha de alta velocidade, nomeadamente alterar a estação de Gaia e construir duas pontes, segundo uma decisão a que a Lusa teve acesso.
A produção de vinho em Portugal teve uma quebra de 14% na campanha de 2025/2026, para 5,9 milhões de hectolitros, segundo dados do Instituto da Vinha e do Vinho (IVV).
O Hospital de Vila Franca de Xira tem mais de 80 camas contratualizadas para doentes que já tiveram alta clínica, num investimento superior a seis milhões de euros por ano, revelou hoje o presidente do conselho de administração.
Os preços dos bilhetes nos serviços CP vão aumentar, em média, 2,26% em 2026, mas o custo dos passes não vai ter alterações, anunciou hoje a empresa.
O bolo-rei foi a última grande mudança na ceia de Natal tradicional portuguesa. Mais de 100 anos depois de sua introdução, o investigador acredita que este doce poderá começar a perder a centralidade que conquistou.
A GNR e a PSP detiveram nos últimos quatro dias uma média de 76 condutores por dia por excesso de álcool no sangue, no âmbito de operações de fiscalização mais rigorosos em virtude da quadra festiva.