Imigrar é trabalhar, não viver de subsídios

Já alguma vez viram um Português emigrado em França ou na Suíça a viver de subsídios e em manifestação às 15h da tarde? Nunca viram. Porque às 15h, o Português está a trabalhar. Está a cumprir o que foi para lá fazer: trabalhar, ganhar a vida, e ser grato pela oportunidade dada no país que escolheu.

Portugal, hoje, também recebe milhares de Imigrantes. Muitos vêm para cá com o mesmo espírito que nós levámos lá para fora: trabalhar duro, aceitar os empregos que existem, integrar-se, construir uma vida melhor. Esses são bem-vindos, merecem respeito e devem ser apoiados.

Mas há também quem venha com outra atitude. Chegam e logo reclamam. Exigem condições que nem os próprios Portugueses têm, esperam apoios e subsídios, e quando não encontram o que querem, descontentam-se. Não aceitam os trabalhos disponíveis, não fazem esforço de integração, e rapidamente transformam-se em peso em vez de motor.

Não podemos confundir hospitalidade com ingenuidade. Não podemos tratar melhor Imigrantes que não querem trabalhar do que Portugueses que trabalharam a vida toda. É uma absoluta falta de respeito um Português descontar a vida toda e receber reformas menores do que subsídios dados a imigrantes que muitas vezes nem querem trabalhar.

Para quem diz que “não há trabalho suficiente”, está enganado. Não faltam oportunidades, não faltam vagas. A indústria da construção, por exemplo, tem dificuldades enormes em arranjar mão de obra.

Tal como os Portugueses emigrados tiveram de se adaptar, também quem vem para cá tem de entender que integração implica responsabilidade: trabalhar, respeitar as regras e contribuir para a sociedade que os acolhe.

Ninguém é obrigado a ficar em Portugal. Mas quem escolhe vir tem de vir com vontade de dar, não apenas de receber. Quem vem para trabalhar, criar futuro e lutar por ele, terá sempre espaço aqui. Quem vem apenas para protestar e esperar subsídios, não está cá a fazer falta. A porta de saída é a mesma pela qual entrou.

No fim, o debate é simples: queremos ser um país que atrai os melhores, os mais ambiciosos, os mais trabalhadores? Ou um país que se transforma em depósito de descontentes?

Se queremos ser competitivos, inovadores e justos, temos de ter a coragem de dizer sem rodeios: quem não está bem, pode voltar para casa.

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