O inimigo dentro

Portugal vive uma fase complexa de desorientação moral, que ameaça dissolver o que ainda resta da nossa Identidade Nacional. A sociedade portuguesa, outrora orgulhosa da sua herança espiritual e cultural, parece agora resignada à apatia e à submissão – não ao inimigo que bate à porta, mas ao que se senta à nossa mesa, que anda nas nossas ruas e que criou guetos culturais nas nossas cidades, sob o disfarce da tolerância e da falsa compaixão. Neste contexto, a batalha do nosso tempo não é feita de espadas, nem de exércitos. É travada nas ideias, na cultura e na coragem de resistir ao fanatismo que se apresenta como virtude, apenas para nos sufocar.

O islamismo, em particular, representa a mais perigosa das ameaças, não porque conquiste territórios com armas, mas porque ocupa consciências com dogmas, parasita os cidadãos de bem e impõe-se com violência. Esta cultura recusa a liberdade individual, rejeita a igualdade entre homens e mulheres e despreza a própria noção de razão. Onde se instala, nasce o medo. E o medo é sempre o primeiro passo de uma escravidão que faz da fé uma arma e da religião um instrumento de dominação.

Face a isto, a Europa habituou-se a confundir fraqueza com virtude. Invoca a inclusão para justificar a sujeição e a compaixão para mascarar a falta de coragem. Portugal segue-lhe os passos, acreditando que o silêncio é prudência e que ceder é sabedoria. Enquanto isso, cresce nas margens da sociedade um poder paralelo que não reconhece a autoridade da lei, que despreza os valores da liberdade e que se alimenta da culpa de uma civilização que já duvida de si própria. A invasão não é militar, é moral. A destruição não se faz com bombas, faz-se com a erosão lenta das certezas que nos fundaram.

Para aqueles que se recusam entregar esta terra aos imigrantes invasores, é importante recordar que civilização ocidental nasceu da Fé Judaica (que consagrou a dignidade humana), da Jurisprudência Romana (que estabeleceu a ordem e o direito) e da Razão Grega (que ensinou o debate e a liberdade de pensar). Foi esta tríade que fez da Europa um farol para o mundo. E é precisamente esta tríade que o fanatismo islâmico procura destruir, substituindo a consciência pela obediência, o pensamento pela repetição e a lei pela imposição do medo. Quando um povo renuncia à razão, à fé e à coragem, torna-se presa fácil de quem lhe promete segurança em troca da alma.

Portanto, Portugal não pode continuar de joelhos perante esta ameaça. Cada escola onde a verdade se cala, cada bairro onde a autoridade recua e cada mulher reduzida ao silêncio é um passo no caminho da derrota. Defender a nossa civilização não é intolerância. É sobrevivência. E que nunca duvidemos que não há coexistência possível entre a liberdade e o fanatismo, nem entre a cultura da vida e a cultura da submissão. A paz não nasce da cedência, nasce da força moral de um povo que tem de saber quem é e o que defende.

Sem qualquer dúvida, o inimigo está dentro. E não vence porque seja forte, mas porque nós nos esquecemos como resistir. O futuro de Portugal depende da nossa capacidade de recuperar a clareza, a honra e a coragem. E que ninguém se iluda: ou reafirmamos os valores que nos criaram ou caminharemos, cegos e submissos, para o crepúsculo da civilização que jurámos preservar.

Artigos do mesmo autor

O CHEGA-Madeira é um partido que, tal como a estrutura nacional da qual deriva, tem gravada na sua matriz ideológica e praxística a luta intransigente contra a corrupção, o amiguismo, o compadrio e a gestão danosa da Causa Pública. Tal princípio não é mero tema de campanha, usado para conquistar a confiança do eleitorado, mas […]

Ao longo desta legislatura, o CHEGA tem emergido como a verdadeira voz dos pescadores portugueses e uma força política que entende a fundo os desafios enfrentados por aquela classe trabalhadora. Isto é o resultado de quatro factores. Primeiro, os deputados do CHEGA possuem um conhecimento directo do sector das pescas, o que nos coloca numa […]

A luta intransigente contra a corrupção e todas as formas de gestão danosa da Causa Pública é um pilar fundamental da acção política do CHEGA, do qual não abdica, nem abdicará, independentemente das circunstâncias ou dos ventos políticos que soprem. Aliás, a defesa da integridade do Estado e a busca pela transparência na governação são […]

Uma das características mais marcantes do partido CHEGA é o facto de que consubstancia no contexto político nacional uma dimensão dupla, que se expressa em duas vertentes complementares e interdependentes. Por um lado, encerra um pensamento sólido, estruturado, consistente e, acima de tudo, reformista, cujo objetivo último é a reconfiguração profunda da política e da […]

O CHEGA foi fundado sobre uma matriz reformista, que assume, sem receios nem tibiezas, os propósitos claros, determinados e inegociáveis de vencer o situacionismo que tem condicionado a política nacional nas últimas cinco décadas e colocar termo ao domínio pérfido de uma elite minoritária e privilegiada, que perpetua o seu poder sobre a vida social, […]