Ventura culpa Governo se Portugal chegar à greve geral

O candidato presidencial e presidente do CHEGA, André Ventura, considerou hoje que, se a greve geral de 11 de dezembro, convocada pela CGTP e pela UGT, avançar, é “culpa” da forma “atabalhoada” com que o Governo tratou a questão.

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Em declarações aos jornalistas à entrada para uma reunião com a Associação Comercial, Industrial e Serviços de Vila Nova De Gaia (ACIGAIA), Ventura disse que a nova lei laboral “devia ter sido negociada ponto a ponto, passo a passo, desde o início do verão” e que, “se chegarmos a uma greve já, é mau para o país”.

“Estamos a correr um pouco atrás do prejuízo. Acho que isso, sinceramente, é negativo. É culpa do Governo, também culpa um pouco destes sindicatos desatualizados, mas isto é a realidade que temos”, disse André Ventura depois de defender que o executivo de Montenegro devia ter negociado com os setores laborais.

Culpando o Governo, mas também “as intransigências de sindicatos, que muitas vezes já não representam ninguém”, nomeadamente “dirigentes que não trabalham há 20 anos e há 30 e estão a fazer o jogo político da extrema-esquerda que se viu diminuída no parlamento”, Ventura disse que “o país precisa de uma nova lei laboral com flexibilidade, adaptada à economia moderna”, mas frisou que “quem trabalha também tem que ver os seus direitos garantidos”.

“Estou a referir-me a questões que estão agora a gerar alguma revolta da parte dos setores laborais e que podiam ter sido negociadas (…). Isto não foi feito a tempo e o Governo meteu isto agora de forma atabalhoada. Nós estamos desde julho a dizer que era preciso dialogar”, disse o candidato.

O líder do CHEGA enumerou, entre outras questões, o banco de horas, o teletrabalho, o direito à greve e as compensações decorrentes do direito à greve, bem como as relacionadas com o direito à amamentação, para dar exemplos de aspetos “mal negociados”.

“A questão da amamentação e do direito à amamentação, num país que tem os problemas de natalidade que nós temos e que são conhecidos de todos, esta era uma questão que podia ter sido tratada. O Governo optou por não o fazer, optou por não o tratar, optou por deixar a questão ir até ao fim. Pois, nós podemos ter flexibilidade, sem dar ideia para o país, que se pode despedir de qualquer maneira, a qualquer hora e por capricho”, referiu.

Para Ventura, se Portugal chegar a uma greve geral “é mau para o país, mau para as empresas e mau para os trabalhadores”.

“É mau para todos. O país para e isso é um sinal negativo. Nós estamos à vontade porque estivemos desde o início do lado do bom senso. Isto não é uma questão de esquerda e direita. Goste-se dela ou não se goste dela, uma greve geral é má para o país, para a economia, para o país, tem um prejuízo significativo para os nossos cofres públicos. Isto devia ter sido evitado antes de se chegar aqui”, concluiu.

A greve geral foi anunciada há uma semana pelo secretário-geral da CGTP, Tiago Oliveira, no final da marcha nacional contra o pacote laboral, que levou milhares de trabalhadores a descer a Avenida da Liberdade, em Lisboa, em protesto contra as alterações propostas pelo Governo de Luís Montenegro.

Após o anúncio da greve, os manifestantes mostraram apoio à paralisação de 24 horas ao entoar “o ataque é brutal, vamos à greve geral”.

Na quinta-feira, a UGT aprovou por unanimidade a decisão de avançar em convergência com a CGTP.

Esta será a primeira paralisação a juntar as duas centrais sindicais desde junho de 2013, altura em que Portugal estava sob intervenção da ‘troika’.

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