CHEGA muda local onde faria declarações com líderes da direita radical europeia

O CHEGA alterou hoje o local de uma conferência de imprensa com representantes de partidos de direita radical europeus por os serviços do parlamento não terem autorizado que os seus convidados discursassem nos Passos Perdidos da Assembleia da República.

© Folha Nacional

Vários dirigentes de partidos de direita radical europeus vão estar em Lisboa entre hoje e sexta-feira para participar num encontro da família política Identidade e Democracia (ID).

Na sexta-feira de manhã, o CHEGA pretendia realizar uma conferência de imprensa conjunta de André Ventura, da representante do partido francês Rassemblement National, Marine Le Pen, e de Tino Chrupalla, presidente do partido alemão AfD (Alternativa para a Alemanha), nos Passos Perdidos da Assembleia da República — espaço utilizado por todas as forças políticas para falarem à comunicação social – que hoje alterou para uma sala do seu grupo parlamentar.

Questionado pelos jornalistas sobre a razão desta mudança, André Ventura disse que “os serviços da Assembleia da República não autorizaram” o formato de conferência de imprensa conjunta na localização inicial.

“Não quero partir para a crítica pela crítica, não tenho noção do precedente, a ideia que tenho é que já aconteceu várias vezes. Sei que várias vezes já aqui estiveram dirigentes políticos nacionais, não sei se há um regime específico para dirigentes estrangeiros”, disse.

Segundo o presidente do CHEGA, o partido recebeu hoje uma nota da secretaria-geral do parlamento a dizer que apenas estavam autorizadas declarações nos Passos Perdidos de André Ventura, mas não dos outros oradores, pelo que foi decidida a mudança de local.

Questionado pela Lusa sobre este tema, o gabinete do presidente da Assembleia da República respondeu que o grupo parlamentar do CHEGA solicitou aos serviços “um pedido de autorização para a realização de uma conferência de imprensa conjunta com entidades exteriores à Assembleia da República (Partido Rassemblement National, de França, e Partido AfD, da Alemanha)”.

“Os serviços da Assembleia da República comunicaram que os espaços disponíveis na AR para a realização de conferências de imprensa são para uso exclusivo dos deputados, de membros do Governo que compareçam na Assembleia da República no cumprimento dos seus deveres perante o Parlamento e de membros de delegações estrangeiras em visita oficial à Assembleia da República”, esclareceu o gabinete de Augusto Santos Silva.

Últimas de Política Nacional

O líder do CHEGA acusou hoje o Governo de incompetência na gestão da saúde e considerou que os utentes não podem ser sujeitos a esperar 18 horas numa urgência, e o primeiro-ministro reconheceu constrangimentos e antecipou que poderão repetir-se.
A Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo (CIMMT) decidiu abrir os cofres e fechar a transparência.
André Ventura reafirmou que pretende usar a Presidência da República como ponto de partida para uma mudança profunda no país.
As escutas da Operação Influencer abalaram o PS, expondo alegadas pressões, favores e redes internas de ‘cunhas’ que colocam Carneiro no centro da polémica e voltam a arrastar Costa para a controvérsia.
O Governo carrega no ISP e trava a fundo na queda que estava prevista no preço dos combustíveis. A promessa estala, a confiança vacila e Montenegro enfrenta a primeira fissura séria na sua credibilidade fiscal.
Catarina Martins voltou a dirigir insultos contundentes a André Ventura, acusando-o de ser “um bully político” que se comporta “como se estivesse no recreio da escola”.
Luís Marques Mendes está no centro de uma nova polémica depois de, no debate presidencial, ter afirmado que o CHEGA “passa a vida a ter propostas inconstitucionais, como a pena de morte”, uma falsidade evidente.
A estrutura concelhia do CHEGA em Vila Nova de Famalicão refere que o vereador do partido vai levar à reunião de Câmara uma proposta para tornar gratuito o estacionamento público no centro da cidade entre 13 de dezembro e 6 de janeiro.
O Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) pediu hoje a demissão da ministra da Administração Interna, considerando que Maria Lúcia Amaral é "incapaz de assegurar a estabilidade" das polícias, e alertou para "protestos massivos" como os de 2024.
Uma petição que exige o fim da atribuição de dinheiros públicos para a construção de mesquitas tornou-se viral e já reúne milhares de assinaturas, dias depois da proposta do CHEGA com o mesmo objetivo ter sido chumbada no Parlamento.