Washington anunciou na sexta-feira que autorizou a venda de equipamento militar de defesa a Taiwan, que vive sob a ameaça de invasão pela China.
A decisão surge numa altura em que Taiwan, que Pequim considera uma província sua, se prepara para realizar eleições presidenciais no próximo mês.
“Vamos tomar medidas de retaliação contra as empresas envolvidas na venda de armas a Taiwan”, declarou Wang Wenbin, porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros chinês, em conferência de imprensa.
O porta-voz não especificou em que consistiriam essas medidas, nem deu pormenores sobre o calendário ou as empresas que poderiam ser visadas.
“A China vai tomar medidas firmes e enérgicas para defender a sua soberania e integridade territorial”, insistiu Wang.
China e Taiwan vivem como dois territórios autónomos desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.
Pequim considera Taiwan parte do seu território e ameaça a reunificação através da força, caso a ilha declare formalmente a independência.
Taiwan é um importante ponto de tensão entre as duas maiores economias do mundo.
As autoridades chinesas lançam regularmente avisos contra qualquer decisão dos Estados Unidos que seja entendida como um apoio à independência formal da ilha.
Em setembro, Pequim colocou os gigantes norte-americanos da defesa Lockheed Martin e Northrop Grumman sob sanções devido à venda de armas a Taiwan.
Em 1979, os Estados Unidos romperam relações diplomáticas com Taipé para reconhecer o Governo comunista baseado em Pequim como o único representante da China. Mas continuaram a ser o principal aliado e fornecedor de armas para o território.