A greve foi inicialmente convocada pelo Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Saúde das Áreas de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), afeto à CGTP, mas o Sindicato dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (Sindite) e a Federação de Sindicatos da Administração Pública (Fesap), afetos à UGT, acabaram por anunciar também uma paralisação para os mesmos dias.
Além da greve, estão agendadas duas concentrações, uma no Porto, em frente ao Hospital S.João, a partir das 11:30 de hoje, e outra em Lisboa, em frente ao Ministério da Saúde, a partir das 11:30 de quinta-feira, para estes profissionais de saúde manifestaram publicamenteo seu descontentamento pela falta de resposta da tutela.
A greve poderá afetar a realização de exames complementares de diagnóstico (análises clínicas, ecografias, raio X, entre outros), bem como atividades nas áreas da terapêutica (farmácias hospitalares, fisioterapia, terapia da fala ou terapia ocupacional).
Os Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (TSDT) protestam contra a incorreta aplicação da lei que introduziu alterações às regras de transição e reposicionamento remuneratório da carreira, a incorreta aplicação, até à presente data, da circular conjunta Administração Central do Sistema de saúde (ACSS) e da Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) aos técnicos em regime de Contrato Individual de Trabalho e a incorreta atribuição de pontos, no valor de 1,5 pontos/ano, que resulta da avaliação de desempenho dos TSDT.
Citado em comunicado, na altura da convocação da greve, o presidente do STSS, Luís Dupont, lembra que “os profissionais estão cansados de promessas vãs”
“Tudo tem um limite, sobretudo quando a razão está do lado dos trabalhadores, que não podem esperar mais para manifestar o desagrado e revolta, pois a maioria das instituições, com a aplicação da circular, provocaram o caos e a desigualdade entre os profissionais, nomeadamente, por subsistir a indefinição sobre a atribuição de 1,5 pontos por parte do Ministério da Saúde”, insiste.
A falta de comunicação de pontos aos TSDT, até ao ano 2024, “impedindo o regular desenvolvimento da carreira”, a recusa da revisão da tabela salarial dos técnicos em paridade com a Carreira Técnica Superior da Administração Pública, com efeito em todas as posições remuneratórias, especialmente na primeira, por ser “inferior a todas as carreiras da administração pública de grau 3”, são outras das reivindicações.
A paralisação abrange todos os técnicos superiores de diagnóstico e terapêutica a exercer funções no Serviço Nacional de Saúde, estando assegurados os serviços mínimos previsto na lei.
Esta greve surge depois de, em maio de 2023, o STSS ter cancelado uma paralisação por reconhecer que o Ministério da Saúde tinha apresentado “propostas concretas” e assumido compromissos no sentido de valorizar os salários e as carreiras.