Ventura acusa Governo de criar desigualdades nas forças de segurança e nos militares

O presidente do CHEGA disse hoje não crer que as Forças Armadas venham a realizar protestos nas ruas, apesar considerar que têm sido mal tratadas pelo Governo.

© Folha Nacional

“Não creio que venhamos a ter o Exército na rua. Acho que há insatisfação nas Forças Armadas porque têm sido sucessivamente mal tratadas”, disse André Ventura reagindo assim a um alerta das associações representativas dos oficiais, sargentos e praças das Forças Armadas, que admitiram protestos na rua.

Em declarações aos jornalistas antes de iniciar uma arruada nas ruas de Almada, no distrito de Setúbal, André Ventura acusou o Governo de ter criado desigualdades entre forças de segurança e Forças Armadas que “potenciam situações de conflito”.

“O Governo tem de resolver esta situação. Como não vai resolver, terão de ser os próximos a resolver. Este suplemento de missão faz sentido nas Forças Armadas e tem de ser enquadrado no mesmo espírito que foi enquadrado o suplemento de missão da Polícia Judiciária”, disse.

O presidente do CHEGA defendeu que “faz sentido pensar e avançar para um suplemento de missão transversal”.

“É assim que se resolverá uma injustiça criada pelo Governo socialista”, frisou.

As associações representativas dos oficiais, sargentos e praças das Forças Armadas admitiram protestar na rua se o próximo Governo atender às reivindicações das forças de segurança, mas não der “atenção especial” aos militares.

“Alertamos fortemente, mas mesmo fortemente, para o facto de, se depois das eleições, quando forem tratados — e muito bem – os assuntos das forças e serviços de segurança, não houver uma atenção muito especial, eu diria em dobro, para as Forças Armadas (…) nós equacionamos todas as formas de luta, dentro da legalidade democrática, obviamente, inclusivamente vir para a rua”, alertou o coronel António Mota, presidente da Associação de Oficiais das Forças Armadas (AOFA).

Estes alertas, que já tinham sido avançados hoje pelo semanário Expresso, foram transmitidos pelo coronel em declarações à Lusa.

Últimas de Política Nacional

Cinco deputados sociais-democratas, liderados por Hugo Soares, viajaram até Pequim a convite direto do Partido Comunista Chinês. A deslocação não teve carácter parlamentar e escapou às regras de escrutínio da Assembleia da República.
Saiu do Executivo, passou pelo Parlamento e acaba agora a liderar uma empresa pública com um vencimento superior ao que tinha no Governo. Cristina Vaz Tomé foi escolhida para presidir à Metro de Lisboa e vai ganhar cerca de sete mil euros mensais, com despesas da casa pagas.
O Ministério Público (MP) pediu hoje penas entre os cinco e nove anos de prisão para os ex-presidentes da Câmara de Espinho, Miguel Reis (PS) e Pinto Moreira (PSD), por suspeitas de corrupção no processo Vórtex.
O presidente do CHEGA, André Ventura, anunciou hoje que o seu partido votará contra o novo pacote laboral no parlamento se o Governo não ceder em matérias como o despedimentos e alterações na área da parentalidade.
A mensagem gerou indignação, o caso abalou o ministério e levou a uma demissão, mas o inquérito interno concluiu que não houve infração disciplinar. Nataniel Araújo sai ilibado e continua como chefe de gabinete da Agricultura.
Os vereadores e deputados municipais do CHEGA têm rejeitado a criação da Comunidade Intermunicipal da Península de Setúbal.
Bruxelas paga, Lisboa faz campanha: Ângelo Pereira (PSD) e Ricardo Pais Oliveira (IL) estiveram no terreno eleitoral enquanto recebiam vencimentos do Parlamento Europeu, prática proibida pelas regras comunitárias.
A comissão parlamentar de inquérito (CPI) ao INEM decidiu hoje suspender os trabalhos durante o período de Natal e Ano Novo e na segunda semana de janeiro, devido às eleições presidenciais.
Num mês em que as presidenciais já se travavam mais nos ecrãs do que nas ruas, André Ventura esmagou a concorrência: foi o candidato que mais apareceu, mais falou e mais minutos ocupou nos principais noticiários nacionais.
O Ministério da Saúde voltou a entregar um contrato milionário sem concurso: 492 mil euros atribuídos diretamente ao ex-ministro social-democrata Rui Medeiros, aumentando a lista de adjudicações diretas que colocam a Saúde no centro da polémica.