Ventura considera que plano para a saúde falhou e setor vive momento explosivo

O presidente do CHEGA considerou hoje que o plano do Governo para a saúde falhou e que o setor atravessa um momento explosivo com notícias perturbadoras do funcionamento do sistema.

© Folha Nacional

“O que temos na Saúde é explosivo. Não houve reorganização dos serviços, não houve acordos com os profissionais que os satisfaçam e estamos com uma afluência turística grande a juntar à afluência de imigrantes”, sustentou André Ventura, em declarações aos jornalistas, no início de uma visita ao mercado do Livramento, em Setúbal.

“Todos os dias tivemos notícias perturbadoras do funcionamento do sistema de saúde, desde grávidas a quem é negada assistência nas Caldas da Rainha a pessoas que esperam horas e horas nas áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. É momento para dizer que este plano falhou”, apontou.

André Ventura considerou que o Governo “tem de ter a humildade de, num tema tão importante como este, voltar a olhar para situação e ver o que está mal”.

“O que está mal não é só injetar dinheiro, isso já o PS fazia, é mesmo a reorganização dos serviços médicos”, sustentou o presidente do CHEGA exortando o primeiro-ministro e a ministra da Saúde a interromperem férias, se for caso disso, para olharem para o que se está a passar nas urgências em Portugal.

O presidente do CHEGA alegou que “as pessoas estão novamente muito inquietas sobre o funcionamento da saúde como estavam há um ano atrás” e que o atual Governo “nada mudou nesta matéria”.

André Ventura advogou uma descentralização dos serviços, com escalas de funcionamento apropriadas e com boa comunicação.

“Os serviços funcionarão melhor em todos os distritos se as pessoas souberem onde se dirigir e não andarem tontamente à procura de um serviço aberto à uma ou duas da manhã. Precisamos de descentralizar, pagar melhor e reorganizar os serviços com melhor comunicação”, disse.

Segundo informação publicada no Portal do Serviço Nacional de Saúde (SNS), estão hoje encerrados quatro serviços de urgência de Ginecologia/Obstetrícia em Lisboa e Vale do Tejo (hospitais Santa Maria, em Lisboa, de Setúbal e Almada) e Hospital de Santo André em Leiria,

Na visita ao mercado do Livramento em Setúbal, o presidente do CHEGA alertou também para as questões de segurança, considerando tratar-se também de um problema sério.

“Acho que é momento de o país ter uma grande reflexão sobre o que é preciso em termos de segurança. E há uma coisa fundamental, haver mais polícias e mais bem remunerados. O Governo talvez possa reconhecer agora que cometeu o maior erro da sua legislatura quando decidiu não corrigir a injustiça histórica que o PS criou nas forças de segurança”, disse.

Últimas de Política Nacional

O candidato a Belém André Ventura acusou hoje o Presidente da República de ter condicionado a aprovação das novas leis de estrangeiros e da nacionalidade e criticou-o pelo silêncio sobre a situação na saúde.
Apesar de o PS ter vencido as eleições autárquicas, Jorge Novo foi derrubado da presidência da Assembleia Municipal de Bragança, com Eduardo Malhão, do PSD, a assumir o cargo graças aos votos dos presidentes de junta.
A recontagem dos votos para a Câmara Municipal de Lisboa, feita hoje em assembleia de apuramento geral, confirmou a eleição de um segundo vereador para o CHEGA.
O socialista Marco Costa, deputado municipal recém-empossado em Setúbal, foi detido pela polícia por suspeitas de roubo em plena via pública. O autarca, filho do antigo vereador Catarino Costa, deverá ser ouvido por um juiz para conhecer as medidas de coação.
O barómetro DN/Aximage mostra um duelo cada vez mais aceso pela liderança. Ventura sobe nas preferências e mostra que está pronto para disputar Belém até ao fim.
O candidato presidencial André Ventura reagiu com indignação às queixas apresentadas na Comissão Nacional de Eleições (CNE), considerando que está a ser alvo de uma tentativa de silenciamento e perseguição política.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, revelou esta sexta-feira no Parlamento que 154 bebés nasceram fora de unidades hospitalares em 2025, até ao momento.
A ministra da Saúde, Ana Paula Martins, esteve esta sexta-feira no Parlamento para defender a proposta de Orçamento do Estado para 2026 na área da Saúde, mas acabou por enfrentar momentos tensos, sobretudo com o CHEGA a exigir responsabilidades políticas pelo caso trágico da morte de uma grávida no Hospital Amadora-Sintra.
O Governo vai cortar mais de 200 milhões em despesa com medicamentos e material de consumo clínico, segundo a nota explicativa do Orçamento do Estado para 2026, que prevê uma redução de 136 milhões nos bens e serviços.
O ministro da Presidência comprou à empresa do cunhado um imóvel em Lisboa pelo mesmo preço de 2018. O governante defende que “não houve qualquer preço de favor”.