Ventura defende que Escária não podia ter dados sobre agentes

O presidente do CHEGA considerou hoje não haver "nenhuma razão plausível" para que o chefe de gabinete do ex-primeiro-ministro tivesse dados sobre agentes dos serviços de informações, e disse que levanta suspeitas de "espionagem política e judicial".

© Folha Nacional

“Não há nenhuma razão plausível para que um chefe de gabinete de um primeiro-ministro possa dispor de informação relativamente a agentes do Estado que detêm e operam informações sensíveis”, afirmou André Ventura

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, o líder do CHEGA manifestou preocupação que António Costa possa ter tido acesso a informação sobre os partidos da oposição ou sobre “processos judiciais em curso que envolvem o seu Governo”.

“A existência, com nomes, moradas e identificação de titulares desses processos é uma machadada no Estado de Direito e levanta a feroz suspeita de espionagem política e judicial por parte do Governo de António Costa, que é agora o presidente do Conselho Europeu”, considerou.

André Ventura reiterou também que o CHEGA pediu a audição urgente no parlamento do secretário-geral do SIRP e do diretor nacional da PJ.

Em causa está a apreensão no âmbito da Operação Influencer, em novembro de 2023, de uma ‘pen-drive’ guardada num cofre do gabinete de trabalho do antigo chefe de gabinete do ex-primeiro-ministro com a identificação e outros dados pessoais de centenas de agentes do Serviço de Informação e Segurança (SIS), Serviço de Informações Estratégicas e Defesa (SIED), Polícia Judiciária (PJ) e Autoridade Tributária (AT).

A informação foi avançada na quarta-feira pela revista Sábado e confirmada à Lusa por fonte oficial da PGR.

Segundo a publicação, Vítor Escária alega que desconhecia o conteúdo da ‘pen-drive’ e que esta chegou ao Palácio de São Bento com o anterior chefe de gabinete, Francisco André.

Hoje de manhã, o procurador-geral da República, Amadeu Guerra, dissera já, à margem de uma visita à Comarca de Porto Este, em Penafiel, que seriam “ouvidas as pessoas necessárias” para ser descoberta a verdade.

Na quarta-feira, o advogado de António Costa, João Lima Cluny, disse à Lusa que o ex-primeiro-ministro, atual presidente do Conselho Europeu, desconhece “em absoluto do que se trata”.

Últimas de Política Nacional

O político angolano Lindo Bernardo Tito ameaçou André Ventura, Presidente do partido CHEGA, durante a sua participação no programa Revista Zimbo, transmitido pela TV ZIMBO, afirmando: “Ele que não sonhe passar por cá”, em referência ao líder do CHEGA.
Paulo Lopes (PS), ainda presidente da Junta de Freguesia de Santa Marinha e São Pedro da Afurada, em Vila Nova de Gaia, está a ser alvo de uma denúncia apresentada ao Ministério Público, à Inspeção-Geral de Finanças e ao Tribunal de Contas. Em causa está a utilização indevida de 112 mil euros provenientes de protocolos celebrados com a Câmara Municipal de Gaia.
André Ventura, Presidente do CHEGA e atual líder da oposição, voltou a defender que os crimes de fogo posto devem ser equiparados a atos de terrorismo, afirmando que os incendiários representam “uma ameaça à segurança nacional” e que as penas atualmente previstas são “manifestamente insuficientes face ao impacto devastador destes crimes”.
O presidente do CHEGA, André Ventura, disse hoje que o seu partido vai candidatar-se a todos os 308 municípios portugueses nas eleições autárquicas de 12 de outubro e afirmou que concorre com o objetivo de ganhar, inclusive em Lisboa.
Portugal lidera a União Europeia em área florestal ardida, com cerca de 85 % dos incêndios de origem criminosa. Ainda assim, a maioria dos incendiários julgados nunca cumpre pena de prisão efetiva.
O Presidente do CHEGA considerou hoje que a escolha do ex-ministro Álvaro Santos Pereira para governador do Banco de Portugal "é um mal menor" em relação à possibilidade de reconduzir Mário Centeno no cargo.
O CHEGA pediu hoje ao Governo a adoção de medidas urgente contra um "crescente número de furtos" em explorações agrícolas, apontando que entre 2020 e o ano passado se verificaram mais de oito mil crimes.
O Presidente do CHEGA, André Ventura, disse hoje ter “99,9% de certeza” que o Presidente da República vai enviar a lei que altera o regime jurídico de entrada e permanência de estrangeiros para fiscalização preventiva pelo Tribunal Constitucional.
O partido liderado por André Ventura apresentou 32 projetos de lei em apenas 48 dias de trabalho parlamentar, mais do que qualquer outro partido político.
O Presidente da República vai receber esta terça-feira delegações dos partidos CHEGA, Livre e PCP, com o regime jurídico de entrada e permanência de estrangeiros na agenda, e também a recém-eleita presidente da IL, para apresentação de cumprimentos.