AIMA vai contratar mais 450 funcionários para dar resposta à procura

A Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA) quer contratar 450 funcionários nos próximos meses, 300 dos quais a termo certo até três anos, face ao aumento da procura dos serviços.

© LUSA/MIGUEL A. LOPES

Em audição na Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias, o presidente da AIMA, Pedro Portugal Gaspar, explicou hoje que o quadro de pessoal atual da AIMA é de 674 funcionários, mais 2% do que em outubro de 2023, quando foi criada a instituição, após a extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras e do Alto Comissariado para as Migrações.

Este ligeiro aumento significa que a instituição “aguentou a pressão da mobilidade” e das reformas, explicou Portugal Gaspar, recordando que as notícias davam conta de uma saída de muitos quadros da organização.

Agora, no quadro do reforço de pessoal, prevendo também o fim da Estrutura de Missão da AIMA – uma unidade autónoma e provisória para regularizar os processos pendentes que é extinta até final do semestre -, Pedro Portugal Gaspar prevê recrutar cerca de 150 funcionários, com contratos sem termo, vindos de bolsas da função pública e de outros serviços.

A esse volume, soma-se a abertura de “procedimentos concursais durante este trimestre, até princípio de abril” que permitirão a “contratação de 300 trabalhadores para a instituição” com contratos com termo certo que podem ir até aos três anos.

“Tudo somado dará no fundo qualquer coisa como 450 trabalhadores” adicionais, o que, para a AIMA, “é um reforço muito significativo”, disse, no final, aos jornalistas, admitindo que o processo possa atrasar-se.

No caso do concurso externo, o responsável estima que o número de candidatos venha a ser muito elevado, pelo que poderá ter de haver um processo de seleção, o que “pode ter aqui alguma demora”.

Confrontado com a existência de trabalhadores precários, Pedro Portugal Gaspar explicou que existem “113 mediadores a prestar funções na instituição” ao abrigo de protocolos com associações parceiras, admitindo que alguns possam utilizar estes concursos para tentar obter outro tipo de vínculo.

Contudo, no que respeita a estes protocolos, a AIMA tenciona promover uma “atualização salarial até 01 de maio”, já que os valores estabelecidos não são mexidos desde 2017.

O dirigente estima em 10 a 12 por cento o valor desse aumento salarial.

Últimas do País

O vereador do PS na Câmara de Penamacor condenado por abuso de poder pelo Tribunal da Relação de Lisboa quando era funcionário do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) recorreu à Conferência da Relação e mantém-se em funções.
Uma rede de tráfico de droga que atuava na área do Grande Porto foi desmantelada, na quinta-feira, tendo sido detidos cinco homens e duas mulheres e apreendido diverso material usado naquela atividade, dinheiro e droga, anunciou hoje a GNR.
A Autoridade da Concorrência (AdC) apresentou recurso para o Tribunal Constitucional da decisão do Tribunal da Relação de Lisboa [TRL], que considerou prescrita a contraordenação dos bancos condenados no processo do ‘cartel da banca’.
O número de crimes registados pela PSP em contexto escolar aumentou no ano letivo passado face a 2022/2023, continuando o total de ocorrências abaixo da média da última década, anunciou hoje a força de segurança.
Uma altercação entre duas pessoas ocorrida hoje na Rua do Benformoso, em Lisboa, resultou num ferido e na detenção de uma outra pessoa, na posse de “duas facas de grandes dimensões”, disse à Lusa fonte policial.
A Associação Portuguesa de Apoio à Vítima (APAV) atendeu no ano passado uma média de 45 vítimas por dia e apoiou mais de 16.630 pessoas, sendo a violência doméstica o crime dominante nos casos que chegaram à organização.
Os alunos do ensino privado têm melhores notas internas no secundário do que os colegas das escolas públicas, segundo um relatório dos serviços do Ministério da Educação, que aponta para uma diferença média de quase dois valores.
Mais de 500 entidades públicas e quase sete mil privadas reúnem condições para serem notificadas por incumprimento do Regime Geral de Prevenção da Corrupção (RGPC), adiantou hoje o Mecanismo Nacional Anticorrupção (MENAC).
O presidente da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), José Manuel Moura, admitiu hoje constrangimentos na resposta operacional aos incêndios devido à combinação de diferentes organizações territoriais das estruturas.
Mais de metade das famílias com necessidades de cuidados de saúde e apoio domiciliário não teve acesso a serviços profissionais pagos em 2024, revelou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).