TAP: Chega admite pedir responsabilidades a Costa e à atual direção do PS

O Presidente do CHEGA admitiu hoje pedir responsabilidades políticas a antigos ministros, ao PS e ao ex-primeiro-ministro António Costa, que acusou de ter dado indicações para condicionar as conclusões da comissão de inquérito à TAP.

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Em conferência de imprensa na sede do partido, Ventura reagiu às buscas que decorreram hoje na TAP relacionadas “com a atribuição de indemnização aquando da renúncia de uma vogal e membro do Conselho de Administração e Comissão Executiva” da companhia aérea.

“É absolutamente claro que o Partido Socialista e a sua maioria absoluta condicionaram de forma incontornável as conclusões daquela comissão de inquérito”, nomeadamente quanto a uma alegada “interferência política”, disse, acusando a deputada relatora, Ana Paula Bernardo (PS), de ter feito “um verdadeiro frete ao governo anterior, procurando esconder, ocultar e menorizar” uma “gestão abusiva e pornográfica dos valores envolvidos na TAP”.

O líder do CHEGA considerou que o parlamento se deixou condicionar pela maioria política de então “para proteger os seus governantes, para proteger [o então primeiro-ministro] António Costa e para proteger aqueles que tinham a tutela da TAP”.

Ventura acusou o ex-primeiro-ministro e antigo secretário-geral do PS, agora presidente do Conselho Europeu, de ter dado “orientações ao seu grupo parlamentar para obstaculizar, para dificultar, para encobrir e no fim para condicionar as conclusões desta comissão de inquérito”.

O líder do CHEGA avisou que “não hesitará em voltar a pedir a responsabilização política” do antigo primeiro-ministro António Costa, dos antigos ministros e também daqueles que “trabalhavam diretamente com eles”.

“A atual direção do PS estava no governo precisamente durante estes factos e, portanto, devemos ser capazes de exigir essa responsabilização também aos atuais membros da direção do PS”, acrescentou.

André Ventura saudou a Justiça pela investigação e disse que espera “conclusões rápidas para que o parlamento possa exigir a sua responsabilização política” e exigiu ao Governo que preste “uma colaboração o mais detalhada possível”.

Em julho de 2023, o relatório final da comissão parlamentar de inquérito à gestão política da TAP foi aprovado em comissão apenas pelo PS, com todos os restantes partidos a votar contra.

As buscas na TAP, anunciadas pelo Ministério Público, abrangem também um escritório de advogados em Lisboa e “pesquisas em equipamentos informáticos da Secretaria-Geral do Governo”.

Em causa está a suspeita da prática de crimes de administração danosa, recebimento ou oferta indevidos de vantagem, participação económica em negócio e abuso de poder.

Em 2022, a TAP esteve envolvida numa polémica devido ao pagamento de uma indemnização de 500 mil euros à então administradora Alexandra Reis pela sua saída da companhia, por mútuo acordo entre as partes.

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