“Trata-se de uma tempestade muito rápida, que se move a quase o dobro da velocidade habitual”, alertou hoje o Centro Nacional de Previsão Hidrometeorológica do Vietname, que prevê que o tufão atinja o centro do país asiático durante a tarde, depois de deixar pelo menos 14 mortos ao passar pelas Filipinas na sexta-feira.
Na cidade de Hue, as autoridades esperavam deslocar 9.977 pessoas “concentradas principalmente em comunidades costeiras e lacustres, onde o risco de inundações profundas e isolamento é muito alto”, informou a emissora estatal VTV.
De acordo com a comunicação social vietnamita, outras 1.530 pessoas também estavam a ser deslocadas na província central de Quang Tri.
A chegada do Bualoi provocou ainda o encerramento de quatro aeroportos no centro do país, incluindo os de Dong Hoi e Quang Tri.
As fortes chuvas associadas ao avanço do tufão já afetaram partes do país, especialmente a cidade de Hue, onde, segundo a VTV, uma mulher foi arrastada por uma enchente no sábado e continua desaparecida.
O tufão Bualoi atingiu na sexta-feira a costa oriental das Filipinas, causando pelo menos 14 mortes e obrigando à deslocação de mais de 350.000 pessoas, de acordo com os últimos dados do Conselho para a Gestão de Catástrofes do arquipélago (NDRRMC), antes de atravessar e seguir rumo ao Vietname.
Os tufões são fenómenos recorrentes no Sudeste Asiático, quando as águas quentes do Oceano Pacífico favorecem a formação de ciclones.
No final de agosto último, o tufão Kajiki causou a morte de sete pessoas e 34 feridos, bem como danos em cerca de 10.000 casas e mais de 81.500 hectares de plantações de arroz no Vietname, onde as autoridades da cidade de Hanói deslocarem meio milhão de habitantes.
O país do Sudeste Asiático foi duramente atingido em setembro do ano passado pelo tufão Yagi, que deixou mais de 300 mortos devido às chuvas e deslizamentos de terra e foi o mais poderoso que o Vietname viveu nas últimas três décadas.