Portagens devem aumentar 2,3% em 2026

As portagens das autoestradas poderão aumentar 2,3% em 2026, a confirmar-se a estimativa da taxa de inflação homóloga para outubro, sem habitação, divulgada hoje pelo INE, acrescida dos 0,1% de compensação às concessionárias.

© D.R.

A fórmula que estabelece a forma como é calculado o aumento do preço das portagens em cada ano está prevista no decreto-lei n.º 294/97 e estabelece que a variação a praticar em cada ano tem como referência a taxa de inflação homóloga sem habitação no continente verificada no último mês para o qual haja dados disponíveis antes de 15 de novembro.

Esta é data-limite para os concessionários comunicarem ao Governo as suas propostas de preços para o ano seguinte.

De acordo com os dados provisórios divulgados hoje pelo INE, aquele referencial de inflação situou-se em 2,2%. O valor definitivo será divulgado pelo INE em 12 de novembro.

A este valor acresce 0,1%, na sequência do acordo celebrado em 2022 pelo Governo com as concessionárias das autoestradas para as compensar pelo travão que foi então imposto a uma subida de cerca de 10% em 2023.

Isto porque, em 2022, a evolução homóloga dos preços no continente, sem habitação, superou os 10%, valor que levou o executivo a negociar com as concessionárias uma solução que limitou a subida do valor das portagens em 2023 a 4,9%.

Na ocasião, o então ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, precisou que, além dos 4,9% de aumento suportado pelos utilizadores das autoestradas, uma parte (2,8%) foram da responsabilidade do Estado, sendo o remanescente “até 9,5% ou 10,5%” suportado “pelas concessionárias”.

Como compensação pelo limite de 4,9% imposto em 2023, ficou então estabelecido que as concessionárias podiam, nos quatro anos seguintes, aumentar em mais 0,1% o valor de atualização das portagens que decorre dos respetivos contratos de concessão.

Em 2024 e 2025 as portagens sofreram também uma atualização superior a 2%.

Últimas de Economia

A remuneração dos novos depósitos a prazo dos particulares manteve-se nos 1,34% em setembro, interrompendo um ciclo de 20 meses de descidas, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
As portagens das autoestradas poderão aumentar 2,3% em 2026, a confirmar-se a estimativa da taxa de inflação homóloga para outubro, sem habitação, divulgada hoje pelo INE, acrescida dos 0,1% de compensação às concessionárias.
A taxa de inflação na zona euro fixou-se em 2,1% em outubro deste ano, um ligeiro avanço face aos 2% do mesmo mês de 2024, revela a estimativa preliminar hoje divulgada pelo gabinete estatístico da União Europeia.
O elevado custo da energia e a concorrência desleal foram os dois principais alertas feitos hoje por líderes empresariais portugueses numa reunião com o vice-presidente executivo da Comissão Europeia (CE), Stéphane Séjourné, em Lisboa.
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou hoje que vai manter as taxas de juro diretoras, incluindo a taxa de depósitos em 2,00%, considerada neutra para a zona euro, por não estimular ou travar o crescimento económico.
O financiamento do Banco Português de Fomento (BPF) às empresas foi de 5.150 milhões de euros até setembro, dez vezes mais do que em todo o ano de 2024 (539 milhões de euros), divulgou hoje o banco público em conferência de imprensa.
As vendas no comércio a retalho cresceram 3,0% no terceiro trimestre deste ano, em termos homólogos, abrandando face aos 3,2% do segundo trimestre, anunciou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O Banco Central Europeu (BCE) avançou esta quinta-feira, 30, que está a preparar a primeira emissão do euro digital em 2029, assim que a legislação necessária para o efeito for adotada.
O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,3% na zona euro e 1,5% na União Europeia no terceiro trimestre de 2025 face ao período homólogo de 2024, registando Portugal a quarta maior subida entre as percentagens disponíveis.
O indicador de confiança dos consumidores voltou a aumentar em outubro, enquanto o indicador de clima económico diminuiu, interrompendo as subidas dos últimos três meses, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).