Encargos com juros vão ultrapassar 7.300 ME no próximo ano

© D.R

O Governo prevê um agravamento dos encargos com juros nos próximos anos, apontando para 5.895 milhões de euros este ano e para mais de 7.300 milhões de euros no próximo, segundo o Programa de Estabilidade, hoje conhecido.

No Programa de Estabilidade (PE) para o período 2023-2027, divulgado na página da Assembleia da República e remetido à Comissão Europeia, o Ministério das Finanças destaca que “a subida generalizada das taxas de juro terá um impacto materialmente relevante na despesa a suportar nos próximos anos”, apesar de “as taxas de juro das novas emissões da República continuam a ser inferiores às taxas das Obrigações do Tesouro, Bilhetes do Tesouro e Empréstimos Oficiais que se vencerão em 2023 e 2024”.

Neste cenário, o Governo prevê que os encargos anuais com juros subam para 5.985 milhões de euros este ano, mais 556 milhões de euros do que apontava em abril do ano passado, e para 7.357 milhões de euros no próximo ano, mais 2.345 milhões de euros do que no PE 2022-2026.

A tendência crescente dos encargos mantém-se ao longo do horizonte de previsão mantém-se: para 2025 prevê um encargo de 7.846 milhões de euros e de 8.211 milhões de euros em 2026, ano para o qual aponta para um encargo superior em cerca de três mil milhões de euros ao previsto no anterior PE.

Para 2027, aponta para um encargo de 8.535 milhões de euros.

Últimas de Economia

A Autoridade da Concorrência (AdC) vai intensificar em 2026 o combate a cartéis, com especial enfoque na contratação pública, segundo as prioridades de política de concorrência hoje divulgadas.
O valor médio da construção por metro quadrado que é tido em conta no cálculo do IMI vai subir 38 euros em 2026, passando dos actuais 532 euros para 570, segundo uma portaria hoje publicada em Diário da República.
O Presidente da República prometeu hoje o fim da taxa sobre empresas produtoras de energia elétrica e disse que espera que “garanta mesmo tratamento mais favorável para os contribuintes”.
O índice de preços da habitação aumentou 17,7% no terceiro trimestre, acelerando 0,5 pontos percentuais face aos três meses anteriores, tendo sido transacionados 10,5 mil milhões de euros, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
O valor mediano de avaliação bancária na habitação foi de 2.060 euros por metro quadrado em novembro, um novo máximo histórico e mais 18,4% do que período homólogo 2024, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística.
Arrendamentos não declarados, dados incompletos e cruzamentos que falham. A Autoridade Tributária detetou milhares de casos com indícios de rendimentos imobiliários omitidos, num universo onde o arrendamento não declarado continua a escapar ao controlo do Estado.
O Banco Central Europeu (BCE) vai reduzir o prazo da aprovação das recompras de ações dos bancos a partir de janeiro para duas semanas em vez dos atuais três meses, foi hoje anunciado.
A produtividade e o salário médio dos trabalhadores de filiais de empresas estrangeiras em Portugal foram 69,6% e 44,2% superiores às dos que laboravam em empresas nacionais em 2024, segundo dados divulgados hoje pelo INE.
O subsídio de apoio ao cuidador informal deixa de ser considerado rendimento, anunciou hoje o Governo, uma situação que fazia com que alguns cuidadores sofressem cortes noutras prestações sociais, como o abono de família.
O Banco Central Europeu (BCE) decidiu manter os juros inalterados, como era esperado pelos analistas e mercados, segundo foi hoje anunciado após a reunião de dois dias.