CHEGA pede demissão dos ministros Fernando Medina e Duarte Cordeiro

© Folha Nacional

O CHEGA pediu hoje a demissão dos ministros Fernando Medina e Duarte Cordeiro, após ter sido noticiada uma alegada troca de favores entre PS e PSD na preparação das listas para as eleições autárquicas de 2017.

“São dois ministros que estão a prazo. Vamos aguardar serenamente o que vai dizer o primeiro-ministro hoje neste debate parlamentar, mas a grande verdade é que nem Fernando Medina nem Duarte Cordeiro têm condições para continuar no Governo neste momento”, afirmou o líder parlamentar do CHEGA.

Pedro Pinto considerou que se trata de “um caso muito grave” e considerou que o ministro das Finanças e ex-presidente da Câmara de Lisboa já “estava debilitado” pelo seu nome estar envolvido em “vários casos”.

O líder parlamentar do CHEGA exigiu explicações por parte dos governantes mas também do PSD, apontando que se os sociais-democratas querem “falar em corrupção”, devem “começar pela própria casa”.

Pedro Pinto rejeitou ainda o envolvimento de André Ventura nesta polémica, afirmando que “em nenhum momento o presidente do CHEGA é incluído nessa investigação”.

“Há uma mensagem que recebe e que apareceu ontem na reportagem, mas em nenhum momento, nem o Ministério Público nem a PJ disseram nada”, acrescentou.

Já na terça-feira à noite, numa publicação na rede social Twitter, o presidente do CHEGA, André Ventura, defendeu que os ministros das Finanças e do Ambiente “não podem continuar no Governo”, tendo apelado ao Presidente da República que “demita o Governo”, sustentando que “as instituições estão em degradação acelerada e inaceitável”.

Uma reportagem da TVI/CNN denuncia uma alegada troca de favores entre PS e PSD na preparação das listas para as eleições autárquicas de 2017, de forma a garantir a manutenção de certas freguesias lisboetas.

De acordo com a TVI/CNN, que cita uma investigação do Ministério Público e da Polícia Judiciária, Medina é suspeito em processos que remontam ao tempo em que era presidente da Câmara de Lisboa, incluindo o caso ‘Tutti Frutti’. Em causa estão alegados crimes de corrupção, abuso de poder e uso ilícito de cargo político, entre outros.

A notícia adianta ainda que há dezenas de escutas e centenas de e-mails que envolvem não só o atual ministro das Finanças, mas também o ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, na altura número 2 de Medina na câmara de Lisboa.

A investigação inclui vários e-mails “com relevância criminal”, segundo uma inspetora da PJ num relatório do processo Tutti Frutti, sublinhando a existência de “acordos políticos entre Sérgio Azevedo (do PSD), Duarte Cordeiro e Fernando Medina (do PS)” para a atribuição de avenças e a colocação de pessoas “em posições estratégias” nas eleições autárquicas de 2017.

É ainda referida a “emissão de faturas falsas e acordos com responsáveis do PS para a adjudicação de contratos públicos a empresas” assim como uma “cunha” pedida por Luís Filipe Vieira — presidente do Benfica até 2021 — para que um imóvel do filho tivesse isenção do IMI.

Os dois ministros negaram ter sido ouvidos pelo Ministério Público no âmbito destas suspeitas.

Últimas de Política Nacional

Os deputados da Comissão de Orçamento e Finanças aprovaram hoje uma proposta do CHEGA que contempla o reforço dos meios técnicos para a proteção dos cabos submarinos de telecomunicações.
Para André Ventura, o “PS e PSD estão mais preocupados em aumentar os salários dos políticos do que subir as pensões dos portugueses”, frisando que se trata de um “Orçamento do bloco central”.
O prazo para a submissão de propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) terminou na passada sexta-feira, com o CHEGA a apresentar 620 - o maior número de propostas.
“Num país em que tantos sofrem por salários e pensões miseráveis, os políticos têm de acompanhar o povo.” É desta forma que André Ventura começa por apontar o dedo ao PSD/CDS que está a propor acabar com o corte aos titulares de cargos políticos de 5%, no âmbito do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025).
O presidente do CHEGA defendeu hoje que o Governo está a adotar medidas redundantes e a fazer uma "fuga para a frente" para responder à crise no INEM, considerando que as soluções apresentadas não trazem "nada de novo".
Bárbara Fernandes exigiu também a “suspensão imediata do responsável máximo do Departamento de Urbanismo.”
O CHEGA vai abster-se na votação da proposta do PS para aumentar as pensões em 1,25 pontos percentuais, além da atualização prevista na lei, permitindo a sua aprovação se os partidos da esquerda votarem a favor.
O Governo anunciou que o saldo do Serviço Nacional de Saúde (SNS) para 2025 ia ser positivo, mas fez mal as contas. Após uma revisão das projeções, o executivo admitiu que o SNS vai, afinal, apresentar um défice no próximo ano, num valor que ultrapassa os 217 milhões de euro
O presidente do CHEGA, André Ventura, desafiou esta terça-feira o primeiro-ministro a apresentar na Assembleia da República uma moção de confiança ao seu Governo, mas afastou a possibilidade de apresentar uma moção de censura.
O presidente dos sociais-democratas da Madeira não vai recuar perante “eleições”, sejam internas ou regionais. O aviso foi feito por Miguel Albuquerque, ao Diário de Notícias (DN), que alertou ainda para o facto de que “quem quiser a liderança do PSD-Madeira terá de a disputar”.