Milhares protestam em Lisboa por melhores salários

Milhares de trabalhadores desfilaram hoje em Lisboa do Largo Camões até à Assembleia da República num protesto organizado pela CGTP contra o aumento do custo de vida e por aumentos salariais e das pensões.

A manifestação arrancou perto das 15:10 e chegou cerca de uma hora depois a São Bento e pelo caminho ouviram-se palavras de ordem como “o custo de vida aumenta e o povo não aguenta”, “não podemos aceitar empobrecer a trabalhar” ou “para o país avançar, salários aumentar”.

À frente da manifestação, a secretária-geral da CGTP, Isabel Camarinha, ladeada por vários dirigentes sindicais, entre os quais Mário Nogueira, da Fenprof, seguravam uma faixa vermelha onde se lia “pelo aumento geral dos salários “ e “contra o aumento do custo de vida e pelo controlo dos preços”.

Os manifestantes seguravam cartazes a criticar o “orçamento do empobrecimento” e alertavam para “emergência nacional” de aumentar os salários e as pensões numa altura em que o poder de compra está a diminuir.

Na manifestação esteve a líder do BE, Catarina Martins, e o secretário-geral do PCP, Paulo Raimundo, que saudaram os manifestantes.

“Que grande dia de luta”, disse Isabel Camarinha em cima do palanque montado frente à escadaria da Assembleia da República, referindo que “em todo o país” os trabalhadores estão a mostrar o seu descontentamento.

A CGTP realiza hoje um dia nacional de protesto, com greves e manifestações em vários pontos do país, pelo aumento dos salários e das pensões, contra a subida do custo de vida e para reivindicar emprego com direitos.

Estão previstas manifestações em várias cidades do país, entre elas, Lisboa, Porto, Aveiro, Beja, Braga, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Guarda, Leiria, Setúbal, Santarém, Portalegre, Viseu, Vila Real e Funchal.

Últimas de Política Nacional

O líder do CHEGA anunciou hoje que apresentará uma moção de censura ao Governo caso o primeiro-ministro, Luís Montenegro, não dê explicações ao país nas próximas 24 horas sobre aquilo que apelidou de “suspeita de absoluta de corrupção”.
O presidente da Assembleia da República, Aguiar Branco, referiu hoje na Maia caber aos partidos com assento no parlamento a alteração do regimento em resposta aos insultos registados na quinta-feira à deputada do PS, Ana Sofia Antunes.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, chega hoje ao Recife, para uma visita oficial ao Brasil, a convite do seu homólogo, Lula da Silva, com programa concentrado entre segunda e terça-feira.
Recentemente, uma denúncia tem suscitado controvérsia sobre o uso de fundos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) da União Europeia na construção de mesquitas em Portugal.
Em causa está o incidente com a deputada do PS Ana Sofia Antunes no plenário na quinta-feira, quando a deputada do CHEGA, Diva Ribeiro, acusou a socialista, que é invisual, de só conseguir “intervir em assuntos que, infelizmente, envolvem deficiência”.
Entre aplausos e elogios, André Ventura destacou-se como o líder mais aclamado naquele que foi o primeiro encontro dos Patriotas enquanto grupo europeu, desde que Abascal foi eleito líder.
Em apenas um ano, Portugal teve o pior resultado de sempre no Índice da Corrupção, sendo por isso importante a “criação de uma subcomissão de integridade e ética”.
O Presidente da República afirmou hoje que vetou a reposição de freguesias apenas por razões de calendário, não sendo contra essa opção política, e que teve a preocupação de dar tempo ao parlamento para confirmar o decreto.
O presidente do CHEGA saudou hoje a decisão do Presidente da República de vetar o decreto que desagrega 135 uniões de freguesias e disse que o processo legislativo "atropelou critério técnico" para beneficiar PS, PSD e PCP nas autárquicas.
O presidente da Associação Nacional de Freguesias (Anafre), Jorge Veloso, disse hoje estar perplexo e chocado com a decisão do Presidente da República de vetar a desagregação de freguesias, considerando que prejudica autarcas e populações.