João Galamba foge ao Fisco e é obrigado a pagar mais-valia de casa que vendeu

© Folha Nacional

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, perdeu uma batalha judicial contra o Fisco depois de ter tentado não pagar os impostos que lhe eram devidos pela venda de uma casa.

O negócio imobiliário remonta a 2007, ano em que o atual ministro das Infraestruturas efetuou a compra de uma casa pelo valor de 190 mil euros e que, apenas 6 meses mais tarde, vendeu pelo dobro do preço, não tendo pago as devidas mais-valias a que estava obrigado por lei.

Só em 2017 – dez anos depois – e pouco antes de ter sido nomeado Secretário de Estado da Energia, é que se conheceu o desfecho do diferendo que opunha Galamba às finanças, tendo o atual ministro sido obrigado a pagar 14.500 euros, mais custas, pelo tribunal arbitral.

A notícia foi avançada pela TVI, que teve acesso à decisão, e refere que Galamba não conseguiu provar que viveu, de facto, naquele imóvel, para usufruir do benefício fiscal de isenção de mais-valias.

“Para provar que aquela tinha sido a sua habitação própria e permanente, o político socialista apresentou duas testemunhas que não tiveram depoimentos considerados ‘explícitos e convincentes’”, refere a estação televisiva.

Para além disso, as “provas documentais também eram escassas: uma fatura de gás e uma declaração de residência passada pela junta de freguesia que segundo a decisão foi ‘emitida decorridos alguns anos sobre os factos atestados, não explicando em que se baseia’”.

Segundo se pode ler na decisão arbitral, o que, “aliás, seria normal, seria a existência de outros tipos de contratos de fornecimento de bens e serviços, (…) assim como registos de contactos com outras entidades, (…) e respetiva correspondência”.”

De facto, João Galamba até atualizou a morada fiscal nessa altura, mas era diferente da morada da casa em questão. Isso mesmo consta da decisão do tribunal referida na notícia da TVI, podendo ler-se que “até se lembrou de atualizar o domicílio fiscal durante o período em que invoca ter vivido no prédio, mas para o fazer constar num local diferente do prédio em causa”, para uma morada noutra zona de Lisboa, num facto que acabou por ser fundamental para recusar a pretensão de ser reembolsado, com juros, dos 14.500 euros pagos em 2011 depois da notificação da Autoridade Tributária”.

Depois de ter sido contactado pela estação televisiva, o gabinete do ministro resumiu tudo “apenas” a uma “divergência” com o Fisco e reafirma que “à data da venda o contribuinte João Galamba encontrava-se a residir nessa casa, facto que o levou a considerar que poderia beneficiar do regime do reinvestimento para aquisição de outro imóvel destinado ao mesmo fim”.

Últimas de Política Nacional

O Presidente do CHEGA manifestou-se esta quinta-feira "chocado" com o valor dos dois imóveis adquiridos pelo secretário-geral socialista, que estimou entre 1,3 e 1,4 milhões de euros, e exigiu saber se há fundos públicos na origem das aquisições.
O líder do CHEGA acusou o PCP de ser responsável por milhões de euros em despesa pública, apontando a criação de institutos, fundações, nomeações políticas e cargos autárquicos como principais causas.
O CHEGA lidera as intenções de voto na Área Metropolitana de Lisboa, com 28,8%, enquanto o PS e a AD perdem terreno, de acordo com a última sondagem da Aximage, para o Folha Nacional.
O IRS está a surpreender pela negativa. Muitos portugueses estão a receber menos e alguns até a pagar. André Ventura fala em “fraude” e acusa Montenegro de ter traído a promessa de baixar impostos.
O Ministério Público (MP) abriu uma averiguação preventiva no qual é visado o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, confirmou à Lusa a Procuradoria-Geral da República (PGR).
“Se eu tenho uma má compreensão da Economia, deem-me uma oportunidade, porque o homem que está à minha frente destruiu a Economia”, afirmou André Ventura, que acusou Pedro Nuno Santos de ter sido responsável por “arruinar a TAP, a ferrovia e a CP”, apontando o dedo à gestão feita durante a sua passagem pelo Governo.
O líder parlamentar do CHEGA anunciou esta terça-feira que, na próxima legislatura, o seu partido vai apresentar uma proposta de comissão parlamentar de inquérito sobre os dados do Relatório de Segurança Interna (RASI), considerando que estão errados.
Luís Montenegro ocultou do Tribunal Constitucional (TC) três contas à ordem em 2022 e 2023, contrariando a lei n.º 52/2019.
O partido mantém-se em terceiro lugar, mas volta a subir nas sondagens, ultrapassando pela segunda vez a fasquia dos 20% e ficando agora a apenas oito pontos percentuais do partido mais votado.
Já são conhecidas as listas de candidatos a deputados do partido CHEGA para as próximas legislativas. Entre as alterações anunciadas, destaca-se a escolha de Pedro Frazão para encabeçar a candidatura em Aveiro — círculo onde irão concorrer também os líderes do PSD e do PS. O Presidente do partido, André Ventura, voltará a liderar a candidatura por Lisboa.