Renda mediana sobe 9% e contratos de arrendamento descem 2% no 1.º trimestre

© D.R.

O número de novos contratos de arrendamento de habitação diminuiu 1,7% no primeiro trimestre, em termos homólogos, para 24.300, enquanto as rendas medianas subiram 9,4% para 6,74 euros por metro quadrado, divulgou o INE.

Segundo os dados provisórios das estatísticas de rendas da habitação ao nível local, publicados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), no primeiro trimestre, “a renda mediana dos 24.300 novos contratos de arrendamento de alojamentos familiares em Portugal atingiu 6,74 euros por metro quadrado”.

“Este valor representa um aumento de 9,4% face ao período homólogo de 2022, embora seja inferior à variação homóloga registada no quarto trimestre de 2022 (+10,6%)”, acrescenta o instituto estatístico, que refere que face aos últimos três meses de 2022 a renda mediana diminuiu 2,5%.

Apesar da redução homóloga, o número de novos contratos de arrendamento em cadeia subiu 7,4%.

A renda mediana aumentou em 13 das 25 sub-regiões NUTS III, destacando-se Alentejo Litoral (12,8%) e Terras de Trás-os-Montes (11,5%), enquanto a Região Autónoma dos Açores registou a maior queda (-8,0%).

O INE destacou, ainda, a diminuição na renda mediana nas áreas metropolitanas de Lisboa (-1,2%) e do Porto (-4,3%).

Acima da média nacional ficaram as sub-regiões da Área Metropolitana de Lisboa (10,26 euros por metro quadrado), Algarve (7,81 euros por metro quadrado), Região Autónoma da Madeira (7,73 euros por metro quadrado) e Área Metropolitana do Porto (7,29 euros por metro quadrado). Terras de Trás-os-Montes, à semelhança de trimestres anteriores, registou a menor renda mediana por metro quadrado em novos arrendamentos (3,00 euros por metro quadrado).

No trimestre em análise observou-se um aumento homólogo da renda mediana em todos os 24 municípios com mais de 100.000 habitantes, com destaque para os municípios do Porto (+22,1%), Lisboa (+20,6%) e Barcelos (+20,4%).

Últimas de Economia

O Conselho Económico e Social (CES) considera "insuficiente o grau de clareza" das transferências internas da Segurança Social e recomenda que a Conta Geral do Estado (CGE) "passe a incluir dados detalhados" sobre a Caixa Geral de Aposentações (CGA).
O Banco Central Europeu (BCE) considerou que dez bancos importantes da zona euro tinham em 2025 provisões insuficientes para cobrir os riscos de exposições a crédito malparado, menos oito bancos que na revisão supervisora de 2024.
A Comissão Europeia decidiu hoje impor limites a importações de produtos de ligas de ferro (ferroligas) pela União Europeia (UE), como medida de proteção desta indústria.
O Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos (STI) exigiu hoje o reforço urgente da segurança, após recentes disparos contra serviços de finanças da Grande Lisboa, durante a madrugada, e alertou para o agravamento do clima de segurança nos trabalhadores.
O Ministério Público realizou buscas de grande escala na TAP para investigar suspeitas de corrupção e burla na privatização feita em 2015. O caso, reaberto com novos indícios da Inspeção-Geral de Finanças, ameaça reacender uma das maiores polémicas da empresa.
Nos primeiros nove meses do ano, foram comunicados ao Ministério do Trabalho 414 despedimentos coletivos, mais 60 face aos 354 registados em igual período de 2024, segundo os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou hoje que vai solicitar mais informações aos bancos sobre os ativos de garantia que permitem mais financiamento.
A economia portuguesa vai crescer 1,9% em 2025 e 2,2% em 2026, prevê a Comissão Europeia, revendo em alta a estimativa para este ano e mantendo a projeção do próximo.
A Comissão Europeia prevê que Portugal vai registar um saldo orçamental nulo este ano e um défice de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026, segundo as projeções divulgadas hoje, mais pessimistas do que as do Governo.
A taxa de juro no crédito à habitação desceu 4,8 pontos para 3,180% entre setembro e outubro, acumulando uma redução de 147,7 pontos desde o máximo de 4,657% em janeiro de 2024, segundo o INE.