Concertos dos Coldplay em Coimbra geraram retorno económico de 36 milhões

©Facebook/coldplay

Os quatro concertos que a banda britânica Coldplay realizou, em maio, na cidade de Coimbra, geraram um retorno económico direto de 36 milhões de euros (ME), disse hoje o presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva.

“Os concertos dos Coldplay projetaram Coimbra a nível nacional e internacional e fizeram disparar a faturação na hotelaria e na restauração de Coimbra. Durante quase uma semana, Coimbra foi uma verdadeira capital do país”, sustentou.

Na sua intervenção no período antes da ordem do dia da sessão ordinária da Assembleia Municipal de Coimbra, que decorreu esta tarde no Convento São Francisco, o autarca eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra (PSD, CDS-PP, Nós, Cidadãos!, PPM, Aliança, RIR e Volt) anunciou alguns dos resultados do estudo de impacto económico produzido pela Coimbra Business School/Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra (CBS/ISCAC).

De acordo com o estudo, os quatro concertos da banda liderada por Chris Martin, nos dias 17, 18, 20 e 21 de maio, no Estádio Cidade de Coimbra, originaram uma despesa total de 36 ME, tendo em conta o montante de despesa média de 180,14 euros dos 200 mil espetadores.

Os dados utilizados no estudo centraram-se em inquéritos nas imediações dos concertos e ainda na disponibilização de formulários (através de QR-Code) junto aos hotéis da cidade, bem como em dados facultados pela Sociedade Interbancária de Serviços (SIBS) e pela UNICRE — Instituição Financeira de Crédito, SA (UNICRE).

Foram validados 229 questionários, referentes a 1.665 espetadores, onde sete questões permitiram traçar o perfil dos espetadores, quer quanto à idade, quer quanto à proveniência geográfica, como ainda como ao montante e ao tipo de consumo que pretendiam realizar, nomeadamente em matéria de alojamento e de restauração.

No que concerne ao número de espetadores, tanto em termos absolutos como em termos relativos, o estudo conclui que “os espetadores realizaram uma despesa média de 180,14 euros”.

Registou-se “alguma variabilidade em função do distrito de proveniência, com um mínimo de 107,94 euros para os espetadores do distrito de Coimbra e de 349,55 euros para os espetadores provenientes do distrito de Bragança, o que facilmente se explica pela distância geográfica”.

Segundo o estudo, “os espetadores que pernoitaram realizaram uma despesa que corresponde a mais do dobro dos espetadores que não pernoitaram”.

Já relativamente ao “recurso a serviços de restauração”, apurou-se que “os espetadores que recorrem a serviços de restauração apresentam um nível de despesa 55% superior à daqueles que não recorrem a este tipo de serviços”.

Através da análise dos dados fornecidos pela SIBS, concluiu-se que “o número de operações na rede SIBS aumentou” em 20,52%, comparativamente com semana homóloga do ano anterior.

Quanto aos valores da UNICRE, “assinala-se o acréscimo observado na semana de realização dos concertos, relativamente à semana homóloga de 2022, tanto no número (15,63%) como no volume de transações realizadas na rede (8,37%)”.

“Esse acréscimo foi particularmente expressivo nos setores da hotelaria e da restauração, respetivamente de 34,64% e de 52,94%, no que se refere ao volume de transações”, salienta o estudo.

Últimas de Economia

Nos primeiros nove meses do ano, foram comunicados ao Ministério do Trabalho 414 despedimentos coletivos, mais 60 face aos 354 registados em igual período de 2024, segundo os dados da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT).
O Banco Central Europeu (BCE) anunciou hoje que vai solicitar mais informações aos bancos sobre os ativos de garantia que permitem mais financiamento.
A economia portuguesa vai crescer 1,9% em 2025 e 2,2% em 2026, prevê a Comissão Europeia, revendo em alta a estimativa para este ano e mantendo a projeção do próximo.
A Comissão Europeia prevê que Portugal vai registar um saldo orçamental nulo este ano e um défice de 0,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026, segundo as projeções divulgadas hoje, mais pessimistas do que as do Governo.
A taxa de juro no crédito à habitação desceu 4,8 pontos para 3,180% entre setembro e outubro, acumulando uma redução de 147,7 pontos desde o máximo de 4,657% em janeiro de 2024, segundo o INE.
A Comissão Europeia estimou hoje que a inflação na zona euro se mantenha em torno dos 2%, a meta do Banco Central Europeu (BCE) para estabilidade de preços, até 2027, após ter atingido recordes pela guerra e crise energética.
A Comissão Europeia previu hoje que o PIB da zona euro cresça 1,3% este ano, mais do que os 0,9% anteriormente previstos, devido à “capacidade de enfrentar choques” face às ameaças tarifárias norte-americanas.
Mais de 20 contratos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) foram considerados irregulares pelo Tribunal de Contas (TdC), tendo os processos seguido para apuramento de responsabilidades financeiras, avançou à Lusa a presidente da instituição.
Os Estados Unidos suspenderam as negociações de um acordo comercial com a Tailândia devido às tensões na fronteira com o Camboja, após Banguecoque suspender um entendimento de paz assinado em outubro com a mediação do Presidente norte-americano.
A despesa do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com medicamentos nos hospitais subiu quase 15%, entre janeiro e setembro, de acordo com dados hoje publicados pelo Infarmed.