A culpa não é deles, é nossa!

Nahel, de 17 anos, morreu com um tiro depois de não ter parado numa operação STOP. Já era algo habitual. Nahel era conhecido da polícia: tinha sido identificado em cinco operações policiais desde 2021 e recusava-se a colaborar com as autoridades. O jovem morreu e França entrou em alvoroço. A mãe, em claro sofrimento pela morte do filho único, tem apoiado os motins e ações de violência. Já a avó, sensatamente, veio a público pedir que os mesmos tivessem fim, acusando os milhares de vândalos de estarem a usar a morte do neto para destruir e pilhar.

Mas de quem é a culpa? É nossa. Sim, nós europeus somos os maiores responsáveis pelo estado a que chegou a França. Quisemos promover a multiculturalidade sem exigir nada em troca: não exigimos respeito pela nossa cultura, não exigimos respeito pelas nossas mulheres e crianças, não exigimos respeito pelas autoridades. Agora, os imigrantes oriundos de países com uma cultura que não é a ocidental fazem o que querem, quando querem e como querem e ai de quem lhes diga alguma coisa, pois é logo acusado de xenofobia.

A culpa é nossa. Deixámos que tomassem conta das nossas cidades – olhe-se para o Martim Moniz em Lisboa – e deixámos que se transformassem em vítimas ao invés de lhes incutir responsabilidade. Demos tudo e o que é que recebemos? Para já uma multiculturalidade que caminha para uma ‘uniculturalidade’ islâmica. E, ou muito me engano – e espero honestamente que sim – ou Portugal vai transformar-se numa França.

Editoriais do mesmo Autor

Que o primeiro-ministro não é de confiança já se sabia, tendo em conta a sua posição no Orçamento do Estado em que faltou à sua promessa eleitoral de reduzir o IRC em 2% para satisfazer os interesses do Partido Socialista e, assim, garantir que os socialistas não inviabilizavam o documento. Os empresários que votaram na […]

Os dirigentes do Bloco de Esquerda acham-se os donos da moralidade, batem no peito para defender os trabalhadores, as mulheres e, em especial, os direitos das mães grávidas ou lactantes. Mas já diz o ditado que a nódoa cai no melhor pano et voilá! Eis que o pano do Bloco de Esquerda está sujo e […]

Ninguém acreditava. Todos os jornalistas e comentadeiros do sistema diziam que o CHEGA era um epifenómeno que, depois de ter alcançado os 12 deputados, não cresceria mais. Diziam que seríamos uma espécie de CDS-PP que só serviria para apoiar o PSD quanto este precisasse. E como eles estavam enganados. Este ano consolidámo-nos como a terceira […]

A última segunda-feira foi um dia histórico: pela primeira vez, a Assembleia da República celebrou o 25 de Novembro, uma data tão importante para a nossa democracia.

Que o jornalismo enfrenta uma grave crise financeira e de valores democráticos, não é novidade. A novidade agora é o ataque direto e hostil do Governo ao serviço público de televisão. O Executivo de Luís Montenegro apresentou, num evento organizado pelos meios de comunicação social privados, o chamado Plano de Ação para os Media. Ora, […]