Nahel, de 17 anos, morreu com um tiro depois de não ter parado numa operação STOP. Já era algo habitual. Nahel era conhecido da polícia: tinha sido identificado em cinco operações policiais desde 2021 e recusava-se a colaborar com as autoridades. O jovem morreu e França entrou em alvoroço. A mãe, em claro sofrimento pela morte do filho único, tem apoiado os motins e ações de violência. Já a avó, sensatamente, veio a público pedir que os mesmos tivessem fim, acusando os milhares de vândalos de estarem a usar a morte do neto para destruir e pilhar.
Mas de quem é a culpa? É nossa. Sim, nós europeus somos os maiores responsáveis pelo estado a que chegou a França. Quisemos promover a multiculturalidade sem exigir nada em troca: não exigimos respeito pela nossa cultura, não exigimos respeito pelas nossas mulheres e crianças, não exigimos respeito pelas autoridades. Agora, os imigrantes oriundos de países com uma cultura que não é a ocidental fazem o que querem, quando querem e como querem e ai de quem lhes diga alguma coisa, pois é logo acusado de xenofobia.
A culpa é nossa. Deixámos que tomassem conta das nossas cidades – olhe-se para o Martim Moniz em Lisboa – e deixámos que se transformassem em vítimas ao invés de lhes incutir responsabilidade. Demos tudo e o que é que recebemos? Para já uma multiculturalidade que caminha para uma ‘uniculturalidade’ islâmica. E, ou muito me engano – e espero honestamente que sim – ou Portugal vai transformar-se numa França.