CHEGA considera “profundamente inconstitucional” contribuição extraordinária sobre alojamento local

© Folha Nacional

Em declarações aos jornalistas na Assembleia da República, o presidente do CHEGA afirmou que “a nova contribuição sobre o alojamento local, que tem sido tão contestada, é afinal ainda mais complexa do que parece” e “não se aplicará ao prédio inteiro que tenha alojamento local, apenas a frações isoladas”.

“O Governo penaliza os mais fracos, e salvaguarda os grandes grupos económicos que têm alojamento local. Como esses iriam pagar muito, uma vez que têm prédios inteiros dedicados ao alojamento local, o Governo isenta esses, mas faz pagar os que têm frações autónomas de alojamento local”, apontou.

André Ventura defendeu “isto não só é injusto como é profundamente inconstitucional” e sustentou que vai “destruir o negócio do alojamento local” e pôr “em causa a subsistência de tantas famílias”.

O líder do CHEGA alegou igualmente que, se esta medida entrar em vigor, “vai alimentar ainda mais a raiva, a fúria e o sentimento de frustração de quem tem pequenos e médios negócios de alojamento local”.

Ventura anunciou a intenção de “pedir a fiscalização preventiva deste diploma” junto do TC, indicando que vai contactar PSD e Iniciativa Liberal para o efeito, uma vez que a bancada do CHEGA é composta por 12 deputados.

“Caso não seja possível, queria apelar ao senhor Presidente da República que não deixe passar este diploma sem o crivo prévio do Tribunal Constitucional. É fundamental que o Tribunal olhe para esta norma, que não tem como ser constitucional e é profundamente injusta e desigual”, apontou.

A Constituição apenas permite aos deputados pedir a fiscalização preventiva de leis orgânicas, pedido que tem de ser subscrito por um quinto dos deputados (46).

A contribuição extraordinária sobre os apartamentos e estabelecimentos de hospedagem integrados numa fração autónoma de edifício em alojamento local foi aprovada na especialidade na quinta-feira, com os votos a favor do PS e BE, a abstenção do PCP e o voto contra do PSD, CHEGA e Iniciativa Liberal.

Esta contribuição deixa de fora os imóveis habitacionais que não constituam frações autónomas, nem partes ou divisões suscetíveis de utilização independente, bem como os alojamentos locais que funcionam em habitação própria e permanente, desde que a exploração não ultrapasse 120 dias por ano.

Últimas de Política Nacional

Bruxelas paga, Lisboa faz campanha: Ângelo Pereira (PSD) e Ricardo Pais Oliveira (IL) estiveram no terreno eleitoral enquanto recebiam vencimentos do Parlamento Europeu, prática proibida pelas regras comunitárias.
A comissão parlamentar de inquérito (CPI) ao INEM decidiu hoje suspender os trabalhos durante o período de Natal e Ano Novo e na segunda semana de janeiro, devido às eleições presidenciais.
Num mês em que as presidenciais já se travavam mais nos ecrãs do que nas ruas, André Ventura esmagou a concorrência: foi o candidato que mais apareceu, mais falou e mais minutos ocupou nos principais noticiários nacionais.
O Ministério da Saúde voltou a entregar um contrato milionário sem concurso: 492 mil euros atribuídos diretamente ao ex-ministro social-democrata Rui Medeiros, aumentando a lista de adjudicações diretas que colocam a Saúde no centro da polémica.
A nova sondagem Aximage para o Diário de Notícias atira André Ventura para a liderança com 19,1% das intenções de voto. Luís Marques Mendes surge logo atrás com 18,2%, mas o maior tremor de terra vem do lado do almirante Gouveia e Melo, que cai a pique.
André Ventura surge destacado num inquérito online realizado pela Intrapolls, uma página dedicada à recolha e análise de inquéritos políticos, no contexto das eleições presidenciais marcadas para 18 de janeiro.
Casas de moradores na Amadora foram indicadas, à sua revelia, como residências de imigrantes, uma fraude testemunhada por pessoas pagas para mentir, existindo casos de habitações certificadas como morada de largas dezenas de pessoas.
André Ventura reagiu esta sexta-feira à polémica que envolve várias escolas do país que optaram por retirar elementos natalícios das fotografias escolares, decisão que tem gerado forte contestação entre pais e encarregados de educação.
Os doentes internados e os presos podem inscrever-se para voto antecipado nas eleições presidenciais de 18 de janeiro a partir de segunda-feira, e o voto antecipado em mobilidade pode ser requerido a partir de 04 de janeiro.
O líder do CHEGA acusou hoje o Governo de incompetência na gestão da saúde e considerou que os utentes não podem ser sujeitos a esperar 18 horas numa urgência, e o primeiro-ministro reconheceu constrangimentos e antecipou que poderão repetir-se.