Bombeiros e tutela alcançam acordo sobre valores do transporte de doentes

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A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) anunciou hoje um entendimento com o Ministério da Saúde sobre a atualização dos valores do transporte de doentes não urgentes, tendo como referência a taxa de inflação de 2022.

“Fechamos hoje as negociações e, em princípio, todos os valores vão ser atualizados, tendo sempre em atenção os 7,8%” de taxa de inflação registada em 2022, adiantou à Lusa o presidente da LBP, após uma reunião com o secretário de Estado da Saúde, Ricardo Mestre.

Segundo António Nunes, o ministério ficou agora de enviar o documento final à LBP, uma vez que os valores “estão a ser acertados ao pormenor” devido à introdução de novos escalões para o pagamento do transporte de doentes não urgentes.

Na prática, estão previstos três escalões: Até 15 quilómetros (áreas urbanas), de 15 a 100 quilómetros e a mais de 100 quilómetros, adiantou o presidente da liga, ao explicar que o transporte de doentes nas maiores distâncias implica uma “imobilização quase diária do veículo”.

António Nunes salientou que, a ser fechado na sequência dos acertos finais que ainda necessita, trata-se de “um bom acordo” negociado com o Governo, uma vez que também permite previsibilidade às associações de bombeiros por estipular os valores a aplicar até 2026.

O transporte de doentes em ambulância diz respeito a casos não urgentes e destina-se, por exemplo, a tratamentos por hemodialise, fisioterapia e consultas de oncologia, bem como transporte inter-hospitais.

“A LBP tem tido um parceiro de discussão, por parte do Ministério da Saúde, compreensivo, recebendo e entendendo os problemas dos bombeiros”, salientou o presidente da liga, ao adiantar que as negociações que agora foram concluídas permitiram uma aproximação de posições.

Do conjunto de reuniões com diversas entidades ligadas ao Ministério da Saúde, como os hospitais e o INEM, é possível também fazer um “balanço positivo”, sublinhou ainda António Nunes.

“As negociações dos hospitais estão fechadas, mas não são repentinas, porque demoram mais tempo a fazer pagamentos”, adiantou António Nunes, ao avançar que está também concluído o acordo com o INEM, que vai atualizar as taxas de saída das viaturas.

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