Marcelo promulga diploma sobre aeródromos tendo em conta “larguíssima maioria”

© Folha Nacional

O Presidente da República promulgou hoje o diploma do parlamento que altera normas sobre a intervenção dos municípios na construção, ampliação ou modificação de aeródromos civis, tendo em conta a “larguíssima maioria” que o viabilizou.

Este diploma, com origem numa proposta de lei do Governo, foi aprovado em plenário em votação final global em 02 de junho com votos a favor de PS e CHEGA, abstenções de PSD e Iniciativa Liberal e votos contra de PCP e Bloco de Esquerda.

“Atendendo a que uma larguíssima maioria viabilizou, votando a favor ou abstendo-se, o novo regime legal, o Presidente da República promulgou o diploma da Assembleia da República que clarifica a intervenção dos municípios nos procedimentos de construção, ampliação ou modificação dos aeródromos civis nacionais, alterando o decreto-Lei n.º 186/2007, de 10 de maio”, lê-se numa nota hoje publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet.

As alterações feitas através deste diploma, cujo texto final foi apresentado pela Comissão de Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, incidem na apreciação prévia de viabilidade dos procedimentos de construção, ampliação ou modificação de aeródromos.

Na proposta que deu origem a este diploma, o Governo defendeu que “o parecer das respetivas câmaras municipais deve reportar-se apenas aos eventuais impactes no âmbito territorial do concelho, não podendo naturalmente produzir efeitos jurídicos com base em outras considerações políticas, de âmbito regional ou nacional, que extravasam a competência territorial das autarquias locais e condicionam as decisões de âmbito nacional dos órgãos de soberania”.

Segundo o Governo, devia estar claro na lei que o parecer das câmaras municipais “só é juridicamente relevante” quanto à “potencial afetação do concelho pelos limites à edificabilidade para garantir superfícies de desobstrução e por razões ambientais, sempre com esse objeto e a devida fundamentação” e “por razões ambientais”.

Na exposição de motivos da sua proposta de lei, o executivo considerava também a lei deveria para efeito de apreciação prévia “distinguir a natureza do parecer municipal em função da diversa classificação dos aeródromos”.

O diploma agora promulgado estabelece que é necessário “parecer das câmaras municipais dos concelhos afetados no respetivo território pelo impacto ambiental ou pela limitação de direitos de edificabilidade em resultado da obra a licenciar, tendo por objeto a avaliação dos referidos impactes ou limitações”.

Outro elemento de apreciação prévia passa a ser uma “declaração da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) territorialmente competente na área de implantação de que a localização pretendida é compatível com os programas e planos territoriais aplicáveis, ouvidos os municípios, ou declaração da CCDR que identifique os instrumentos de gestão territorial cuja elaboração, alteração ou suspensão seja necessária por razões de interesse público nacional”, da qual se prescinde “no caso de modificações dentro do aeródromo”.

Últimas de Política Nacional

Catarina Martins voltou a dirigir insultos contundentes a André Ventura, acusando-o de ser “um bully político” que se comporta “como se estivesse no recreio da escola”.
Luís Marques Mendes está no centro de uma nova polémica depois de, no debate presidencial, ter afirmado que o CHEGA “passa a vida a ter propostas inconstitucionais, como a pena de morte”, uma falsidade evidente.
A estrutura concelhia do CHEGA em Vila Nova de Famalicão refere que o vereador do partido vai levar à reunião de Câmara uma proposta para tornar gratuito o estacionamento público no centro da cidade entre 13 de dezembro e 6 de janeiro.
O Sindicato Nacional da Polícia (Sinapol) pediu hoje a demissão da ministra da Administração Interna, considerando que Maria Lúcia Amaral é "incapaz de assegurar a estabilidade" das polícias, e alertou para "protestos massivos" como os de 2024.
Uma petição que exige o fim da atribuição de dinheiros públicos para a construção de mesquitas tornou-se viral e já reúne milhares de assinaturas, dias depois da proposta do CHEGA com o mesmo objetivo ter sido chumbada no Parlamento.
A sociedade de advogados Sérvulo & Associados, onde o ex-ministro social-democrata Rui Medeiros é uma das figuras mais proeminentes, está a atravessar um período de forte crescimento no volume de contratos públicos, especialmente desde a chegada de Luís Montenegro ao Governo.
José Sócrates, antigo primeiro-ministro socialista e arguido na Operação Marquês, enviou às redações os bilhetes de duas viagens que realizou recentemente aos Emirados Árabes Unidos, numa tentativa de demonstrar ao tribunal que não ultrapassou o limite de cinco dias consecutivos de permanência no estrangeiro, condição que o obrigaria a comunicar previamente qualquer deslocação ao Ministério Público.
A escolha de Luís Marques Mendes para mandatário da Cultura, Diversidade e Inclusão está a gerar críticas. Dino d’Santiago, o músico que o candidato considera “a pessoa magnífica e mais indicada” para o cargo, volta a estar no centro da polémica. Desta vez não apenas pelas declarações em que defendeu a substituição do hino nacional, mas também pelo historial de financiamentos públicos que envolveram 1,6 milhões de euros.
A deputada socialista Eva Cruzeiro teve a sua assinatura adulterada na reunião da Comissão de Assuntos Constitucionais, surgindo no livro de presença o nome “Evita Perón” no espaço que está destinado à sua assinatura.
O CHEGA voltou a apontar baterias ao Governo, acusando o executivo de ter agravado o Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) logo após a aprovação do Orçamento do Estado.