A ambulância cedida pelo INEM aos Bombeiros Sapadores de Coimbra, que têm posto de emergência médica (PEM), está inoperacional há seis meses, afirmou hoje o presidente do município, exigindo que o Governo resolva o problema.
“A companhia de Bombeiros Sapadores de Coimbra, desde longa data, que tem posto de emergência médica, com a ambulância cedida pelo INEM [Instituto Nacional de Emergência Médica]. Contudo, nestes últimos anos, as ambulâncias entregues pelo INEM a esta corporação de bombeiros estão sistematicamente avariadas, passando mais tempo em oficina do que ao serviço”, afirmou o presidente da Câmara de Coimbra, José Manuel Silva, que falava no período antes da ordem do dia da reunião do executivo.
Segundo o autarca, há uma ambulância do INEM que está “inoperacional há seis meses”, realçando que aquele veículo tem 16 anos, 360 mil quilómetros e apresenta “um desgaste muito acentuado”.
José Manuel Silva recordou que o anterior executivo (do PS) recusou assinar um protocolo com o INEM para a compra de uma ambulância nova.
“Porém, atualmente exige-se que o Ministério da Saúde e o Ministério das Finanças, este último o grande bloqueador do Governo, resolvam o gravíssimo problema das ambulâncias do INEM, sob pena de termos a curto prazo um enorme problema transversal a todo o país”, vincou o autarca eleito pela coligação Juntos Somos Coimbra (Coimbra (PSD/CDS/Nós/Cidadãos!/PPM/Aliança/RIR e Volt), que lembrou que os últimos dois concurso para a compra de ambulâncias ficaram desertos.
Durante a sua intervenção, José Manuel Silva afirmou que o Estado português voltou a ser condenado pelo Tribunal Europeu dos Direitos Humanos pelas más condições do Estabelecimento Prisional de Coimbra, aproveitando essa decisão para voltar a defender a construção de uma nova penitenciária na Lamarosa (em localização reservada no PDM para tal efeito).
“Já propusemos uma solução para a Penitenciária de Coimbra, repto a que o Ministério da Justiça, lamentavelmente, ainda não respondeu”, vincou José Manuel Silva, que falava na reunião do executivo, que hoje decorre na freguesia de Cernache.
Na sessão, o vereador da CDU, Francisco Queirós, mostrou-se preocupado quanto ao impacto que a linha de alta velocidade poderá ter na União de Freguesias de Taveiro, Ameal e Arzila e na União de Freguesias de São Martinho do Bispo e Ribeira de Frades.
“É necessário que a Câmara de Coimbra tenha um papel interveniente e ativo, dando voz aos munícipes, através de uma comissão de acompanhamento que faça a mediação com a IP [Infraestruturas de Portugal], para minimizar impactos e, se possível ultrapassá-los”, afirmou.
Já a vereadora do PS Regina Bento aproveitou a reunião descentralizada para recordar medidas e obras feitas no passado em Cernache, quando o executivo municipal era liderado pelos socialistas, e defendeu novos investimentos para aquela freguesia do concelho de Coimbra.
O vereador socialista José Dias defendeu, por seu turno, a apresentação de todos os números associados ao Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e outros meios de financiamento, nomeadamente as candidaturas aprovadas, rejeitadas e as planeadas para o futuro, assim como indicadores que permitam fazer uma leitura comparativa com outros municípios.