A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) decidiu hoje manter as formas de luta agendadas para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que decorre em Lisboa na próxima semana, após uma reunião inconclusiva com o ministro da Administração Interna.
Em declarações à agência Lusa no final do encontro, o presidente da ASPP/PSP, Paulo Santos, explicou que a reunião foi a pedido do sindicato e se destinou a fornecer ao ministro José Luís Carneiro informações sobre os reais problemas da polícia que o governante “parece não ver”.
“Muitas vezes o que chega ao ministro não é a realidade do que está a acontecer na PSP e o senhor ministro parece não ter resposta para resolver os problemas estruturais que afetam a polícia”, afirmou Paulo Santos, após a reunião em que esteve também presente a secretária de Estado da Administração Interna, Isabel Oneto.
O dirigente sindical referiu à Lusa que é necessário a tutela “olhar para a PSP” e resolver as questões da “dignificação salarial e da atratividade para a instituição”, para evitar o que está a acontecer, que é a saída de operacionais e a pouca entrada de novos elementos.
Paulo Santos afirmou que o ministro acha que consegue resolver os problemas que afetam a PSP “com medidas de assistência social e outras que não são as necessárias nem as indicadas”.
A ASPP/PSP iniciou hoje, em Faro, várias ações de protesto para demonstrar a “insatisfação pelas políticas que não têm respondido aos problemas graves que afetam a PSP e a segurança interna”.
Os protestos vão prolongar-se até segunda-feira e vão decorrer em várias zonas do país, tendo-se realizado hoje uma concentração de polícias em frente ao Comando Distrital da Polícia de Segurança Pública de Faro.
Segundo a ASPP, as principais reivindicações dos polícias são os baixos salários, pré-aposentação, falta de atratividade da profissão e o subsistema de saúde.
As várias ações de luta de contestação “às políticas deste (des)governo” vão acontecer na sexta-feira em frente ao Comando Metropolitano da PSP do Porto, no sábado com um concentração no jardim Almoinha Grande, em Leiria, e termina na segunda-feira junto ao Comando Metropolitano de Lisboa.