CHEGA quer atos de regulamentação do Mais Habitação a passar pelo parlamento

© Folha Nacional

O líder do CHEGA desafiou hoje o Presidente da República a concretizar a ideia de que o Mais Habitação “não é um caso encerrado” e vai requerer que todos os atos de regulamentação do diploma passem obrigatoriamente pelo parlamento.

“Desafiar o senhor Presidente da República a que, mesmo na regulamentação da lei, mantenha o espírito aberto para qualquer uma destas formas de regulamentação, que atentem gravemente contra a propriedade privada, contra os direitos dos contribuintes e dos proprietários, possa ser levada ao Tribunal Constitucional ou possa ser politicamente vetada”, disse, em conferência da imprensa, na sede do partido em Lisboa.

Referindo que Marcelo Rebelo de Sousa disse na véspera que o pacote Mais Habitação “não é um caso encerrado”, aquilo que André Ventura espera do Presidente da República é que “concretize esta expressão”.

“Para este não ser um caso encerrado, partidos da oposição e Presidente da República têm que criar uma força conjunta que leve o Governo, intolerante e obcecado em salvaguardar a sua posição de força, a uma posição de negociação em prol daquilo que são os interesses dos portugueses”, defendeu.

Com este objetivo, o CHEGA anunciou vai entregar um requerimento na Assembleia da República, através da comissão parlamentar Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, para que o Governo faça passar obrigatoriamente pelo parlamento todos os atos de regulamentação deste pacote Mais Habitação.

“Vamos propor que a contribuição extraordinária que o Governo quer lançar sob o alojamento local seja revogada e não seja parte da confirmação no pacote Mais Habitação”, disse ainda.

Ventura insistiu no desafio a todas as forças políticas, mas em especial ao PSD, para que se seja possível “levar este diploma à análise do Tribunal Constitucional”.

O líder do CHEGA aproveitou este tema para criticar o PSD e o discurso de Luís Montenegro no encerramento da Universidade de Verão, afirmando que esperava “uma reação forte ao Mais Habitação” e que não saiu daquele evento “uma única medida” para resolver este problema.

Últimas de Política Nacional

O Presidente da República criticou hoje a demora do parlamento em eleger os conselheiros de Estado, frisando que já espera há seis meses, e disse ter convocado uma reunião do órgão consultivo porque a Ucrânia “é um tema fundamental”.
Candidato presidencial recorre da decisão que manda retirar cartazes com a frase “Os ciganos têm de cumprir a lei” e acusa os tribunais de impor uma ‘mordaça’ à liberdade de expressão em campanha eleitoral.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, convocou o Conselho de Estado para 9 de janeiro para analisar a situação internacional e, em particular, na Ucrânia. A informação consta de uma nota divulgada esta terça-feira no site da Presidência da República.
Exigir que todos cumpram a lei passou a dar multa. O Tribunal Local Cível de Lisboa mandou retirar os cartazes de André Ventura e proibiu o candidato presidencial de repetir a mensagem, numa decisão que Ventura considera ser censura política.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, vetou hoje os decretos da lei da nacionalidade, na sequência das inconstitucionalidades decretadas pelo Tribunal Constitucional, devolvendo-os à Assembleia da República.
O candidato presidencial Luís Marques Mendes divulgou hoje uma lista com os 22 clientes da sua empresa, na qual se encontram prestações de serviços em consultoria, comentários e participações em conferências, e que inclui a construtora de Famalicão Alberto Couto Alves.
A Autoridade Tributária classificou como “antiga” uma moradia reconstruída em 2024 pertencente ao ministro da Presidência, António Leitão Amaro, permitindo-lhe pagar menos de metade do IMI devido.
Luís Marques Mendes encerrou a sua empresa familiar e mantém silêncio sobre clientes, contactos e serviços que lhe renderam centenas de milhares de euros.
Foi distinguido oficialmente pelo Estado, elogiado em Diário da República pela ex-ministra da Justiça e apresentado como um quadro exemplar da governação. Meses depois, Paulo Abreu dos Santos está em prisão preventiva, suspeito de centenas de crimes de pornografia de menores e de abusos sexuais contra crianças.
O presidente da Assembleia da República decidiu hoje não remeter ao Ministério Público o caso da adulteração da assinatura da deputada socialista Eva Cruzeiro, considerando não atingir o patamar de crime, embora se trate de ato censurável.