CHEGA quer atos de regulamentação do Mais Habitação a passar pelo parlamento

© Folha Nacional

O líder do CHEGA desafiou hoje o Presidente da República a concretizar a ideia de que o Mais Habitação “não é um caso encerrado” e vai requerer que todos os atos de regulamentação do diploma passem obrigatoriamente pelo parlamento.

“Desafiar o senhor Presidente da República a que, mesmo na regulamentação da lei, mantenha o espírito aberto para qualquer uma destas formas de regulamentação, que atentem gravemente contra a propriedade privada, contra os direitos dos contribuintes e dos proprietários, possa ser levada ao Tribunal Constitucional ou possa ser politicamente vetada”, disse, em conferência da imprensa, na sede do partido em Lisboa.

Referindo que Marcelo Rebelo de Sousa disse na véspera que o pacote Mais Habitação “não é um caso encerrado”, aquilo que André Ventura espera do Presidente da República é que “concretize esta expressão”.

“Para este não ser um caso encerrado, partidos da oposição e Presidente da República têm que criar uma força conjunta que leve o Governo, intolerante e obcecado em salvaguardar a sua posição de força, a uma posição de negociação em prol daquilo que são os interesses dos portugueses”, defendeu.

Com este objetivo, o CHEGA anunciou vai entregar um requerimento na Assembleia da República, através da comissão parlamentar Economia, Obras Públicas, Planeamento e Habitação, para que o Governo faça passar obrigatoriamente pelo parlamento todos os atos de regulamentação deste pacote Mais Habitação.

“Vamos propor que a contribuição extraordinária que o Governo quer lançar sob o alojamento local seja revogada e não seja parte da confirmação no pacote Mais Habitação”, disse ainda.

Ventura insistiu no desafio a todas as forças políticas, mas em especial ao PSD, para que se seja possível “levar este diploma à análise do Tribunal Constitucional”.

O líder do CHEGA aproveitou este tema para criticar o PSD e o discurso de Luís Montenegro no encerramento da Universidade de Verão, afirmando que esperava “uma reação forte ao Mais Habitação” e que não saiu daquele evento “uma única medida” para resolver este problema.

Últimas de Política Nacional

O candidato presidencial André Ventura afirmou hoje que, se for eleito Presidente da República, admite vir a decretar estados de exceção para "dar poder extraordinário" à polícia e outras autoridades para combater o crime.
O presidente do CHEGA pediu ao Governo que faça cedências nalguns pontos, como o trabalho por turnos, para se aprovar uma nova legislação laboral, reiterando a sua disponibilidade para um acordo nesta matéria.
Os partidos entregaram 2.176 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), num novo recorde, de acordo com a informação disponível no 'site' da Assembleia da República.
O CHEGA entregou esta sexta-feira, 7 de novembro, mais de 600 propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 (OE2026), no último dia do prazo definido pelo Parlamento, que coincidiu com o encerramento das audições na especialidade.
O partido liderado por André Ventura quer acabar com as portagens nas autoestradas para aliviar os custos das famílias e empresas, mas o ministro das Finanças rejeita a medida, defendendo que o princípio “utilizador-pagador” deve manter-se para proteger as contas públicas.
O CHEGA apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 que pretende reduzir e uniformizar a taxa de IVA aplicada ao setor da hotelaria e restauração, fixando-a em 13% para todos os serviços, incluindo bebidas alcoólicas e refrigerantes.
O CHEGA passou a integrar o executivo da Câmara Municipal de Sintra, na sequência de um acordo político que o presidente da autarquia, Marco Almeida, considera ser “um sinal de respeito pela vontade democrática dos sintrenses”.
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, revelou ter investido 637.239,59 euros na construção da sua habitação em Espinho, entre 2016 e 2021. Este montante não inclui os 100 mil euros aplicados em 2015 na compra do terreno onde o imóvel viria a ser edificado.
O prazo de entrega para propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2026 (OE2026) termina hoje, dia que marca também o final das audições na especialidade no parlamento.
A Câmara aprovou a nomeação de Rui Emanuel Moreira da Rocha para o conselho de administração dos SMAS, por proposta do presidente socialista Fernando Ferreira.