Fenprof defende aumento dos salários dos docentes em vez de prémios

A Federação Nacional dos Professores (Fenprof) defendeu hoje o aumento em cerca de 10% dos salários dos docentes de colégios privados e escolas profissionais, em vez da atribuição de prémios para compensar a inflação.

©FENPROF

“A atribuição de um prémio é reveladora da má consciência por parte de quem explora os docentes dos colégios privados e escolas profissionais, designadamente no que concerne a carreira, salários e condições de trabalho, desde logo horários”, afirmou a organização sindical.

Há duas semanas, a Confederação Nacional da Educação e Formação anunciou que os cerca de 20 mil professores de colégios e escolas profissionais teriam um aumento salarial de 4,2%, que irá vigorar até 2026, e um prémio de 4% em média a partir de setembro, para compensar inflação de 2022.

A Fenprof reagiu hoje, em comunicado, argumentando que os aumentos, que resultaram de um acordo com os sindicatos afetos à UGT, são insuficientes e defendeu, em alternativa, uma “revisão salarial justa e de acordo com a desvalorização real dos salários nos últimos anos”, de cerca de 10%

Por outro lado, acrescenta, “o problema do baixo valor dos salários dos docentes do ensino privado deveria ser resolvido com a aprovação de um contrato coletivo de trabalho valorizador da profissão e do seu exercício”, que permita aproximar as condições de trabalho, de carreira e salariais do privado às do público.

A propósito do prémio que será atribuído aos docentes, a Fenprof acrescenta ainda que, além de não ser integrado no salário e ter um horizonte curto, será atribuído de forma desigual.

“Para muitos docentes, o prémio não irá além de mais uns dias de férias que nem sequer compensarão os de fim de semana e as horas não pagas, para além do horário, que muitos docentes fazem no âmbito da realização de festas e demais iniciativas, entre muitas outras exigências ao longo do ano”, refere o comunicado.

Últimas do País

Um foco de gripe aviária foi detetado numa exploração de galinhas reprodutoras no concelho de Torres Vedras, no distrito de Lisboa, anunciou hoje a Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
A GNR e a PSP registaram, nos primeiros nove meses deste ano, 25.327 ocorrências de violência doméstica, o valor mais elevado dos últimos sete anos, à data de 30 de setembro, segundo dados da CIG.
A Inspeção-Geral de Atividades em Saúde está a investigar o eventual conflito de interesses nos contratos celebrados entre a Unidade Local de Saúde de Braga e a empresa privada alegadamente pertencente ao seu ex-diretor de Oftalmologia, foi esta quarta-feira anunciado.
Duas pessoas foram hoje resgatadas da Cova do Ladrão, no parque florestal de Monsanto, em Lisboa, durante um simulacro de sismo que serviu para testar a capacidade de reação das forças de segurança, num exercício coordenado pelo exército.
Mais de 2.300 novos médicos começaram a escolher as vagas para a formação numa especialidade, mas o Sindicato Independente dos Médicos (SIM) teme que nem todos os lugares disponibilizados para o internato venham a ser ocupados.
Os incêndios florestais de 2024 e 2025 revelaram “falhas de coordenação” entre as diferentes forças no terreno que provocaram atrasos no tempo de resposta aos fogos, aumentando a sua propagação, revela um relatório da OCDE.
A Polícia Judiciária (PJ) participou numa operação promovida pela Europol para identificar organizações criminosas que exploravam, ilegalmente, canais televisivos, tendo sido possível rastrear 55 milhões de dólares em criptoativos.
Uma endocrinologista foi hoje detida no Porto pela Polícia Judiciária (PJ) por alegado envolvimento num esquema fraudulento de prescrição de medicação para diabetes a utentes que queriam perder peso, lesando o Estado em mais de três milhões de euros.
Três alunos ficaram hoje feridos pelo rebentamento de petardos na Escola Básica e Secundária Josefa de Óbidos, em Lisboa, que terão sido lançados por outros dois estudantes daquele estabelecimento de ensino, informou a PSP.
Uma em cada três mulheres foi violência íntima ou sexual ao longo da vida, avançou hoje a Organização Mundial da Saúde, sublinhando tratar-se de uma das crises de direitos humanos mais negligenciadas do mundo.