França vai ajudar Itália a controlar a sua fronteira

O ministro do Interior francês desloca-se hoje a Itália para debater como ajudar o Governo deste país a controlar a fronteira, evitar a avalanche de migrantes que chegam a Lampedusa e expulsar os que não têm documentos.

©facebook/giorgiameloni

Numa entrevista transmitida pela rádio Europe 1 e CNews, Gérald Darmanin insistiu que se trata da implementação do acordo europeu sobre imigração de junho passado, que prevê uma ação conjunta para reduzir o fluxo de migrantes da margem sul do Mediterrâneo e uma análise dos pedidos de asilo.

O ministro reiterou a ideia de que França vai “ajudar Itália a controlar a sua fronteira para impedir a chegada de pessoas”, por um lado, e manter aqueles que entram clandestinamente na fronteira enquanto o seu caso é examinado, para determinar se têm direito a asilo.

“Quando tal não acontece o objetivo é expulsá-los rapidamente para os seus países. Só os acolheremos se respeitarem as regras de asilo, se forem perseguidos. Mas se for simplesmente imigração irregular, França não pode acolhê-los, nem outros países”, sublinhou o ministro, quando questionado sobre as pessoas que chegaram nos últimos dias a Lampedusa.

O ministro indicou que dos 8 mil a 9 mil que chegaram à ilha italiana de Lampedusa “muitos não sofrem perseguições políticas e, portanto, deveriam ser expulsos”.

“Temos de expulsar dos seus países aqueles que não têm nada para fazer na Europa”, insistiu, depois de ter alertado que “França está muito firme” nesta questão.

Justificou também o apoio que agora demonstra ao Governo da primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, com o facto de muitos dos migrantes que chegam do Norte de África através de Itália, tentarem ir para França.

O ministro francês aproveitou para atacar a direita radical francesa, que acusou de falta de patriotismo por não querer votar no Parlamento Europeu a favor do acordo alcançado entre os países membros.

Últimas de Política Internacional

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, advertiu hoje que Israel irá reagir com força a qualquer violação de um cessar-fogo no Líbano que venha a ser acordado.
Um grupo de deputados russos apresentou hoje perante a Duma (a câmara baixa da Assembleia Federal) um projeto de lei que abre caminho ao reconhecimento do movimento talibã pela presidência da Rússia (Kremlin).
O chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, disse hoje que Israel não tem "nenhuma desculpa" para recusar o cessar-fogo no Líbano negociado pelos Estados Unidos e pela França.
Olaf Scholz foi escolhido por unanimidade como o candidato primeiro-ministro do Partido Social-Democrata da Alemanha (SPD) nas eleições legislativas antecipadas de 23 de fevereiro, anunciou hoje o partido.
A lusodescendente e senadora republicana de Rhode Island, Jessica de la Cruz, espera que o seu partido "não desperdice a oportunidade” gerada pela vitória de Donald Trump, admitindo à Lusa ansiar pela redução governamental prometida pelo Presidente eleito.
A Alemanha e a França sinalizaram hoje que tomaram nota dos mandados de detenção do Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o primeiro-ministro israelita e o seu ex-ministro da Defesa, mas sem indicarem se os aplicarão.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) emitiu hoje mandados de captura para o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, o ex-ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, e o chefe do braço militar do Hamas, Mohammed Deif.
A Comissão Europeia adotou hoje um conjunto de diretrizes para melhorar os direitos das pessoas com deficiências e para ajudar na promoção de um estilo de vida independente, com integração nas comunidades.
O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros anunciou hoje que a embaixada de Portugal em Kiev encerrou “temporariamente e por alguns dias”, mas salientou que tal já aconteceu por várias vezes durante a guerra da Ucrânia.
A embaixada dos Estados Unidos em Kiev vai encerrar depois de ter sido alertada para um "possível ataque aéreo significativo" contra a Ucrânia, após Moscovo ter ameaçado responder ao uso de mísseis norte-americanos de longo alcance contra território russo.