Novo Banco fez quase 18 mil renegociações de crédito à habitação até setembro

O Novo Banco já renegociou quase 18 mil contratos de crédito à habitação até setembro devido à dificuldade dos clientes em pagarem os empréstimos.

© Facebook do Novo Banco

O Novo Banco divulgou hoje que teve lucros de 638,5 milhões de euros entre janeiro e setembro, mais 49% do que nos primeiros nove meses de 2022.

Questionado pela Lusa sobre as renegociações de créditos à habitação, fonte oficial do Novo Banco disse que “foram renegociados cerca de 17.700 contratos, principalmente com reduções de spread/taxa de juro com reflexo na respetiva prestação”.

Nos primeiros nove meses do ano, houve ainda 1.360 contratos de crédito à habitação com juros bonificados pelo Estado (ao abrigo do decreto-ei 20-B /2023, em que o Estado paga parte do aumento dos juros a clientes em dificuldades, em algumas condições).

A subida das taxas de juro tem criado problemas a muitas famílias que pagam crédito à habitação, uma vez que têm efeito nos contratos a taxa variável com subida significativa das prestações mensais. Para mitigar o impacto imediato, os bancos têm renegociado créditos e o Governo tem tomado medidas.

A partir de hoje e até fim de março de 2024 os clientes bancários podem pedir ao seu banco o acesso ao regime que fixa por dois anos a prestação do crédito à habitação e por um valor inferior ao atual.

Quem aceder a este mecanismo fica durante dois anos a pagar uma prestação mais baixa, uma vez que a prestação ficará indexada a 70% da média da Euribor a seis meses do mês anterior ao pedido do cliente (o que garante que paga menos durante os dois anos do que se a Euribor fosse refletida a 100%).

Após esses dois anos, nos quatro anos seguintes, a prestação assume o seu valor ‘normal’ (com o indexante da altura totalmente refletido). Terminados estes quatro anos, as famílias vão pagar nas prestações restantes o valor não pago enquanto beneficiaram da referida redução.

Esta segunda-feira, numa publicação no Portal do Cliente Bancário, o Banco de Portugal disse que a adesão a este regime implica que “o montante total de juros a pagar será sempre superior”.

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