Sindicato da PSP acusa MAI de tentar “branquear realidade” da polícia

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) acusou hoje o ministro da Administração Interna de ter tido falta "de vontade política efetiva" para resolver os problemas da polícia, considerando que tentou "branquear a realidade" da PSP.

© Folha Nacional

“A vontade política não foi demonstrada em termos efetivos. Não podem ficar apenas pelos anúncios, não podemos ficar apenas pela vontade. Não temos dados objetivos que nos permitam dizer que houve uma expressa vontade política efetiva de resolver os problemas da polícia”, disse à agência Lusa o presidente da ASPP, Paulo Santos.

Após o Presidente da República ter dissolvido a Assembleia da República e marcado eleições para 10 de março na sequência da demissão do primeiro-ministro, Antonio Costa, o presidente do maior sindicato da PSP afirmou que as respostas que este Governo deu “ficaram muito aquém daquilo que era o necessário”.

Sobre José Luís Carneiro, que já anunciou que será candidato a secretário-geral do PS nas eleições internas diretas que se vão disputar em 15 e 16 de dezembro, Paulo Santos afirmou que o ministro apenas deu “respostas conjunturais e assistencialistas”, faltando uma resposta aos principais problemas, nomeadamente alteração às tabelas remuneratórios e dos suplementos (subsídios) pagos aos polícias.

“Há uma tentativa de branquear a realidade”, disse, frisando que o ministro da Administração Interna, “apesar de já conhecer os processos e demonstrar alguma sensibilidade, tem dado respostas sempre ao lado da opinião” dos sindicatos.

Para Paulo Santos, o ministro “não tem respondido de forma concreta aos problemas”, como a falta de atratividade da carreira e de salários que respondam à falta de candidatos para PSP.

O presidente da ASPP acusou também o ministro da Administração Interna de ter aplicado as regras e os resultados das reuniões da concertação social, onde os sindicatos da PSP não têm direito a estar presentes, e tem colocado a carreira especial de polícia numa carreira geral da administração pública, o “que não é o correto”.

Esta semana, os dirigentes da ASPP estiveram reunidos com José Luís Carneiro, mas da reunião não saiu nada em concreto.

“Tivemos a perceção no dia da reunião que o ministro estava com um pé no Ministério da Administração Interna e outro pé noutro lado qualquer”, ironizou.

Os dirigentes do maior sindicato da Polícia de Segurança Pública foram hoje recebidos, em audiência, pela Comissão de Orçamento e Finanças, no âmbito da apreciação, na especialidade da proposta do Orçamento do Estado para 2024.

Paulo Santos disse que a reunião foi pedida pelo sindicato para dar conta de que está contra o documento e que há alguns pontos que necessitam de ser corrigidos, nomeadamente para que sejam alteradas as atuais regras da pré-aposentação dos polícias e o valor do subsídio de risco.

A ASPP faz parte da Comissão Coordenadora Permanente (CCP) dos Sindicatos e Associações dos Profissionais das Forças e Serviços de Segurança, que tem um protesto marcado para 22 de novembro junto à residência oficial do primeiro-ministro para exigir alterações ao Orçamento do Estado.

Últimas do País

A Embaixada da República de Angola em Portugal reagiu com “consternação” ao falecimento dos seis jovens angolanos, vítimas de um acidente de viação na madrugada de domingo em Lisboa, endereçando as condolências às famílias.
A campanha do Banco Alimentar Contra a Fome recolheu este fim de semana 2.150 toneladas de alimentos, avançou hoje a instituição de solidariedade social, menos 2,8% do que na campanha homóloga de 2024.
Um vigilante ao serviço da Urgência do Hospital de Santo Tirso foi agredido, na noite de domingo, por um grupo de cerca de vinte homens que entrou no serviço a exigir que um indivíduo alcoolizado fosse atendido de imediato.
O período para pagamento da última prestação do IMI superior a 100 euros decorre até terça-feira, por ser o primeiro dia útil após o final do prazo oficial de 30 de novembro, informou hoje o Ministério das Finanças.
Assim, Porto, Braga e Viana do Castelo vão estar sob aviso amarelo, entre as 18h00 e as 21h00 de hoje devido à previsão de precipitação, por vezes forte, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA).
Seis pessoas morreram no despiste de um veículo ligeiro, na madrugada deste domingo, na Avenida das Forças Armadas, em Lisboa, que se incendiou após o embate. As vítimas serão jovens com idades entre os 18 e os 20 anos, avança a RTP.
Um pequeno incêndio deflagrou, na manhã de sábado, na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital Curry Cabral, em Lisboa, obrigando à transferência de dois doentes para outras unidades de saúde.
Os proprietários de imóveis com um IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) superior a 100 euros têm até hoje para pagar a última prestação deste imposto.
O preço da farinha e do açúcar tem vindo a baixar desde o início do ano, mas o valor dos ovos deverá encarecer os doces de Natal, ao registar, desde o início do ano, um aumento de quase 32%.
Cerca de 20% das 2.331 vagas abertas para os novos médicos escolherem a especialidade ficaram por preencher, anunciou hoje a Federação Nacional dos Médicos (FNAM), alertando para a incapacidade do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em fixar esses profissionais.