China considera Biden irresponsável por voltar a chamar ditador a Xi Jinping

A China classificou hoje como irresponsáveis as declarações do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, que voltou a chamar ditador ao seu homólogo chinês, Xi Jinping, pouco depois de reunir com ele em São Francisco.

©Facebook/XiJinping

“Esta declaração é extremamente errada e um ato político irresponsável. A China opõe-se firmemente”, disse a porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros, Mao Ning, em conferência de imprensa.

Biden reiterou na quarta-feira que Xi é um ditador, durante uma conferência de imprensa, depois de ter reunido com o homólogo chinês, durante mais de quatro horas, numa mansão conhecida como ‘Filoli’, a cerca de 40 quilómetros do centro de São Francisco e à margem do Fórum da Cooperação Económica Ásia-Pacífico (APEC).

“É preciso notar que há sempre pessoas com segundas intenções que tentam instigar e minar as relações entre a China e os EUA”, acrescentou.

De acordo com Mao, “essas pessoas estão bem cientes de quem está a tentar danificar as relações sino-americanas” e sublinhou que “não terão sucesso”.

As observações de Biden foram feitas em resposta a um repórter que lhe perguntou se ainda considera Xi um ditador. O líder dos EUA respondeu: “bem, olha, ele é”.

Numa angariação de fundos para a sua campanha para as eleições de 2024, em junho passado, Biden começou por chamar “ditador” a Xi, o que causou grande desconforto em Pequim.

Num outro evento de angariação de fundos, na terça-feira, em São Francisco, e na véspera do encontro, o líder norte-americano disse que a China tem “problemas sérios”, sem especificar exatamente a que se referia.

Os dois líderes devem voltar a encontrar-se esta semana no segmento de alto nível da cimeira da APEC, que decorre até sexta-feira em São Francisco e na qual participam também os presidentes do México, Chile, Colômbia e Vietname, bem como os primeiros-ministros do Canadá, Austrália e Japão, entre outros.

Últimas de Política Internacional

O Tribunal Constitucional indicou esta terça-feira que não admitiu as candidaturas às eleições presidenciais de Joana Amaral Dias, Ricardo Sousa e José Cardoso.
A Comissão Europeia anunciou hoje uma investigação formal para avaliar se a nova política da `gigante` tecnológica Meta, de acesso restrito de fornecedores de inteligência artificial à plataforma de conversação WhatsApp, viola regras de concorrência da União Europeia.
O Sindicato de Trabalhadores da Imprensa na Venezuela (SNTP) e o Colégio de Jornalistas (CNP), entidade responsável pela atribuição da carteira profissional, denunciaram hoje a detenção de um jornalista que noticiou a existência de um buraco numa avenida.
O Tribunal Constitucional da Polónia ordenou hoje a proibição imediata do Partido Comunista da Polónia (KPP), alegando que os objetivos e atividades do partido, refundado em 2002, violam a Constituição.
A Administração Trump suspendeu todos os pedidos de imigração provenientes de 19 países considerados de alto risco, dias após um tiroteio em Washington que envolveu um cidadão afegão, anunciou o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos.
Federica Mogherini, reitora do Colégio da Europa e ex-chefe da diplomacia da União Europeia (UE), foi indiciada pelos crimes de corrupção, fraude, conflito de interesse e violação de segredo profissional, revelou a Procuradoria Europeia.
O Presidente ucraniano apelou hoje para o fim da guerra, em vez de apenas uma cessação temporária das hostilidades, no dia de conversações em Moscovo entre a Rússia e os Estados Unidos sobre a Ucrânia.
O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, considerou hoje que a situação na Catalunha só se normalizará totalmente se o líder separatista Carles Puigdemont for amnistiado e regressar à região, tendo reconhecido "a gravidade da crise política" que enfrenta.
A Comissão Europeia confirmou hoje que foram realizadas buscas nas instalações do Serviço de Ação Externa da União Europeia (UE), em Bruxelas, mas rejeitou confirmar se os três detidos são funcionários do executivo comunitário.
A ex-vice-presidente da Comissão Europeia e atual reitora da Universidade da Europa Federica Mogherini foi detida hoje na sequência de buscas feitas pela Procuradoria Europeia por suspeita de fraude, disse à Lusa fonte ligada ao processo.