A escultura, em bronze fundido, da autoria de Timothy Schmalz, vai ficar exposta no recinto de oração do Santuário de Fátima, e “retrata de forma realística os sem-abrigo das cidades contemporâneas”, segundo o gabinete de comunicação deste templo mariano.
“Esta peça tem sido colocada em diferentes lugares do cristianismo, a fim de com ela se denunciar este drama social”, acrescenta uma nota do Santuário de Fátima, indicando que são mais de meia centena as réplicas de “Jesus sem-abrigo” espalhadas por todo o mundo, nomeadamente em Barcelona, Florença, Singapura, Joanesburgo, Dublin, Madrid, Rio de Janeiro, Seul ou Nova Iorque.
A escultura representa Jesus a dormir num banco de jardim e coberto por um cobertor fino, sendo apenas visíveis os seus pés, com as feridas da crucificação,
A Igreja Católica assinala o 7.º Dia Mundial dos Pobres, este domingo, com o lema “Não desvieis o olhar dos pobres”.
Na mensagem para este dia, o Papa Francisco alertou que “é fácil cair na retórica, quando se fala dos pobres. Tentação insidiosa é também parar nas estatísticas e nos números. Os pobres são pessoas, têm rosto, uma história, coração e alma. São irmãos e irmãs com os seus valores e defeitos, como todos, e é importante estabelecer uma relação pessoal com cada um deles”.
Francisco criticou, também, para o momento que se vive, que “não favorece a atenção aos pobres”, e lamentou as novas formas de pobreza causadas pela guerra: “penso de modo particular nas populações que vivem em cenários de guerra, especialmente nas crianças privadas dum presente sereno e dum futuro digno”.
A especulação, que conduz “famílias à indigência” e a “desordem ética” no mundo do trabalho, que provoca a “precariedade” e o “lucro imediato”, foram outros focos da crítica do pontífice na mensagem para este Dia Mundial dos Pobres.