Maioria das empresas espera manter volume de negócios em 2024

A maioria das empresas (59%) espera manter em 2024 o mesmo volume de negócios que em 2023 e 11% preveem uma redução, segundo um inquérito realizado em dezembro pela Associação Empresarial de Portugal (AEP) e divulgado hoje.

© D.R.

Os resultados do inquérito realizado junto das empresas associadas da AEP revelam que a percentagem de empresas que perspetivam um aumento do volume de negócios desceu dos anteriores 41% para 30%, mas a maioria (59%) espera que se mantenha ao nível de 2023.

Já 11% das empresas estimam uma redução do volume de negócios, quando essa percentagem era de 38% no que se refere às perspetivas anteriores (para 2023 face a 2022).

“A expectativa ligeiramente mais otimista por parte dos empresários, explicará que a esmagadora maioria não preveja recorrer a alguma modalidade de ‘lay-off’ no próximo ano”, indica o documento.

Ainda assim, “face às perspetivas de evolução da carteira de encomendas”, 5% de empresas equacionam recorrer à modalidade do ‘lay-off’ que permite uma redução do horário de trabalho, enquanto 8% admitem recorrer à suspensão do contrato de trabalho.

As empresas que admitem recorrer ao ‘lay-off’ são empresas exportadoras dos setores da indústria e dos transportes.

Um dos principais constrangimentos na evolução da atividade para 2024 “continua a ser a dinâmica do mercado desfavorável (redução da procura externa e interna)”, pode ainda ler-se no documento.

A dificuldade em assegurar mão-de-obra qualificada é também um constrangimento importante, com cerca de 70% das empresas a classificarem-no como “significativo ou muito significativo”.

As empresas realçam ainda a preocupação pelo aumento de vários custos, financeiros (taxas de juro) e operacionais (energia) e pela falta de disponibilidade de matérias-primas e/ou produtos intermédios.

A “instabilidade governativa”, a quebra do consumo privado e a manutenção da carga fiscal são outros fatores de risco identificados pelas empresas para a evolução da atividade em 2024.

O inquérito obteve 953 respostas de empresários maioritariamente do norte do país (76%) dos setores das indústrias transformadoras, comércio e reparação de veículos, construção, atividades de consultoria, entre outras.

Últimas de Economia

O ‘stock’ de empréstimos para habitação acelerou em outubro pelo 22.º mês consecutivo, com um aumento homólogo de 9,4% para 109.100 milhões de euros, divulgou hoje o Banco de Portugal (BdP).
A proposta de lei de Orçamento do Estado para 2026 foi hoje aprovada em votação final global com votos a favor dos dois partidos que apoiam o Governo, PSD e CDS-PP, e com a abstenção do PS. Os restantes partidos (CHEGA, IL, Livre, PCP, BE, PAN e JPP) votaram contra.
O corte das pensões por via do fator de sustentabilidade, aplicado a algumas reformas antecipadas, deverá ser de 17,63% em 2026, aumentando face aos 16,9% deste ano, segundo cálculos da Lusa com base em dados do INE.
O indicador de confiança dos consumidores diminuiu em novembro, após dois meses de subidas, enquanto o indicador de clima económico aumentou, divulgou hoje o Instituto Nacional de Estatística (INE).
Os gastos do Estado com pensões atingem atualmente 13% do PIB em Portugal, a par de países como a Áustria (14,8%), França (13,8%) e Finlândia (13,7%), indica um relatório da OCDE hoje divulgado.
Os prejuízos das empresas não financeiras do setor empresarial do Estado agravaram-se em 546 milhões de euros em 2024, atingindo 1.312 milhões de euros, com a maioria a apresentar resultados negativos, segundo um relatório do Conselho das Finanças Públicas (CFP).
Os preços dos hotéis na região de Lisboa aumentaram 26,7% na Web Summit, face à semana anterior, para uma média de 151 euros, segundo um estudo da NOVA Information Management School, com dados da Host Intelligence, divulgado hoje.
A Comissão Europeia desembolsou hoje 1,06 mil milhões de euros em subvenções a Portugal, na sequência do seu sétimo pedido de pagamento ao abrigo do Mecanismo de Recuperação e Resiliência.
Os concursos de empreitadas de obras públicas promovidos até outubro aumentaram 56% em número e 31% em valor, em termos homólogos, respetivamente para 6.620 e 9.164 milhões de euros, anunciou hoje a associação setorial AICCOPN.
A Comissão Europeia alertou hoje para “novos desafios” relacionados com a crise habitacional que aumentam os riscos de pobreza e de desigualdade social em Portugal, dado haver mais pessoas com encargos excessivos de habitação.